Se tem alguém que poderia identificar a diferença entre resumos em texto feitos por pessoas reais ou por Inteligência Artificial (IA) são profissionais do ramo da linguística. Isso é o que pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida acharam, mas uma pesquisa provou o contrário: nem os especialistas da área são capazes de distinguir o real do artificial nesse cenário.
Leia mais:
- Unesco publica 1ª orientação para uso de IA na educação
- 5 dicas para usar o ChatGPT de maneira mais eficiente
- ChatGPT e Bard: veja 8 dicas fora do óbvio para usar os modelos de IA
Resumos de IA vs feitos por humanos
Um estudo partiu do pressuposto que, se alguém pudesse diferenciar resumos reais e artificiais, seriam profissionais da linguística, que passaram suas carreiras estudando padrões de linguagem e comunicação.
Eles resolveram testar se isso era verdade e juntou 72 especialistas em linguística para revisar uma variedade de resumos de pesquisas e determinar se foram feitos por humanos ou por IA.
Cada um analisou quatro resumos.
Resultados
- Analisando as respostas dos especialistas, os pesquisadores concluíram que eles acertaram apenas 38,9% dos casos.
- De acordo com o site TechXplore, nenhum dos 72 linguistas acertou todas as respostas e 13% deles erraram em todos os casos.
- A conclusão dos autores foi que os especialistas em linguística não conseguiram distinguir entre a escrita de seus próprios alunos e aquelas feitas por IA, como o ChatGPT.
- Segundo um dos autores, o mais interessante é que os participantes chegaram a justificar suas escolhas (se o resumo havia sido feito por IA ou um humano) e eles deram respostas coerentes e razoáveis. No entanto, mesmo assim erraram.
Conclusão
Com base nos resultados dos testes, a pesquisa concluiu que o ChatGPT pode escrever textos curtos tão bem quanto a maioria dos humanos (às vezes melhor, já que não comete erros gramaticais).
No entanto, há uma esperança para os humanos: isso só funciona para textos curtos, porque, com textos maiores, a IA tende a alucinar e criar conteúdos irreais.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Tags: