Historiadores marinhos encontraram um barco 142 anos depois que ele afundou. O naufrágio aconteceu em um dos Grandes Lagos na divisa entre os Estados Unidos e o Canadá, sendo descrito como uma cápsula do tempo da América do Norte do século 19.

A embarcação era uma escuna conhecida como Trindad, construída em 1867, em Grand Island, Nova York. Ela foi projetada para atravessar o Canal Welland que liga os lagos Erie e Ontário, levando carvão de Oswego, em Nova York, até Chicago e Milwaukee.

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O trajeto da escuna saia do lago Ontário, passando por Eire e Huron, até chegar no Michigan. Lá ela descarregava o carvão e era abastecida com trigo das pradarias de Wisconsin, a ser comercializado nas cidades da costa leste dos Estados Unidos.

A vida da Trindad não durou muito, em maio de 1881 ele afundou enquanto passava pela costa de Wisconsin indo em direção a Milwaukee. O naufrágio provavelmente ocorreu devido aos maus cuidados com a embarcação. O seguro dela quando lançado era de 22 mil dólares, e em 1878 ele já tinha caído para metade, tanto que na sua viagem final ele não era mais do que “caixão flutuante”.

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Devido ao mau estado da Trindad a tripulação nem ficou surpresa quando um vazamento acometeu o porão e levou o navio ao fundo do lago. Todas as pessoas a bordo da escuna conseguiram escapar, menos um cachorro que era mascote da embarcação.

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A embarcação foi encontrada a 82 metros de profundidade

Depois que afundou, Trindad nunca mais foi vista, mas agora, quase um século e meio depois, os historiadores Brendon Baillod e Bob Jaeck conseguiram a encontrar. Segundo a Sociedade Histórica de Wisconsin, os pesquisadores encontraram o naufrágio na costa da cidade de Algoma, em Wisconsin, a cerca de 82 metros de profundidade.

O barco estava muito bem preservado quando encontrado, com a âncora e o leme do navio intactos, assim como os pertences da tripulação.

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Ficamos surpresos ao ver que não apenas a casa do convés ainda estava com ela, mas ainda tinha todos os armários com todos os pratos empilhados neles e todos os pertences da tripulação. É realmente como um navio em uma garrafa. É uma cápsula do tempo.

Brendon Baillod, em resposta ao The New York Times

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