O Telegram anunciou nesta quarta-feira (13) o lançamento de uma carteira de criptomoedas com autocustódia. O objetivo é solidificar a presença da empresa na comunidade cripto que emergiu de sua plataforma de bate-papo. A novidade, no entanto, não ficará disponível para os usuários dos Estados Unidos, por exemplo.

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EUA ficaram de fora da iniciativa

  • A carteira de criptomoedas TON Space, baseada na Open Network, pode ser acessada por meio das configurações do Telegram.
  • O recurso ficará disponível para todos os usuários do Telegram Wallet, serviço que permite aos usuários da plataforma comprar e vender criptomoedas.
  • A partir de novembro, a novidade chega para todos os usuários globais do aplicativo, exceto para os EUA e alguns outros países.
  • As informações são da TechCrunch.

Carteira cripto mais segura

O lançamento da carteira TON Space foi realizado durante a conferência de criptografia Token2049 de Cingapura, que conta com mais de 10 mil participantes.

O movimento encabeçado pelo Telegram é uma reação à crise desencadeada no mercado cripto após a falência da corretora FTX, que deixou milhares de investidores no prejuízo. O caso acendeu um alerta para a necessidade de carteiras de autocustódia, que são mais seguras e garantem um controle maior dos próprios investidores de seus ativos digitais em comparação com carteiras centralizadas, como era oferecido pela FTX.

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Após o anúncio da integração, o token Toncoin (TON) valorizou mais de 11%. De acordo com dados do CoinGecko, o preço atual do criptoativo chegou ao maior patamar em três meses.

A missão do Telegram sempre foi permitir a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão é muito mais importante nesta era digital. Acreditamos que os usuários têm o direito de possuir suas identidades e bens. Com o TON Space, os usuários agora têm a tecnologia para tornar isso conveniente.

John Hyman, diretor de investimentos do Telegram
A partir de novembro, carteira cripto do Telegram chegará para todos os usuários do aplicativo, exceto para os EUA (Imagem: Stanslavs/Shutterstock)

Relação do Telegram com as criptomoedas

Em 2020, o Telegram precisou abandonar o token TON depois trabalhar por mais de dois anos em seu desenvolvimento. No ano anterior, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA processou a empresa por levantar US$ 1,7 bilhão por meio de uma oferta inicial de moedas usando um token chamado Grams, que o regulador alegou ser um título não registrado.

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O Telegram firmou um acordo com a agência e pagou uma multa de US$ 18,5 milhões. Além disso, reembolsou os fundos não utilizados dos investidores. Assim, desde 2020, o TON funciona como um projeto comunitário de código aberto.

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