Por anos, cientistas apontam que oceanos de água podem estar escondidos abaixo do gelo nas luas Encélado, em Saturno, e Europa, em Júpiter. No espaço, a presença de água é muito importante e pode sugerir até a possibilidade de vida.
Só há um problema: como investigar tais massas a quilômetros abaixo do gelo? O desafio é imenso. Mas a resposta pode estar em um projeto coordenado pelo Centro de Ciências Ambientais Marinhas (ou MARUM) da Universidade de Bremen, na Alemanha.
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Um sistema chamado ‘TRIPLE-nanoAUV 2’ deseja levar um pequeno submersível até esses oceanos em busca de vida — TRIPLE significa “Tecnologias para penetração rápida de gelo e exploração de lagos subglaciais” na sigla em inglês, enquanto AUV é um acrônimo para “Veículo Subaquático Autônomo”.
Como é o mini submersível autônomo
- O “robozinho” chamado nanoAUV tem forma de torpedo e terá cerca de 50 cm de comprimento por 10 cm de largura (com as duas asas dobradas para trás).
- Ele descerá através do gelo encapsulado em uma sonda de derretimento de gelo.
- Uma estação de ancoragem cilíndrica também fica perto do robô e permanece amarrada a um módulo na superfície.
- Assim que o nanoAUV passa pelo gelo, ele explora de forma autônoma áreas próximas do oceano, capturando dados por meio de câmeras e sensores.
- Em intervalos regulares, ele retorna à estação de acoplamento suspensa para recarregar suas baterias e transmitir os dados registrados ao módulo.
O diagrama abaixo ilustra como o sistema completo funcionará na prática:
Esses nano-veículos podem ajudar a fornecer uma melhor compreensão geral dos ecossistemas marinhos (…) o novo sistema autônomo é único e deverá possibilitar, no futuro, estudar o oceano global de água líquida abaixo das superfícies geladas da lua de Júpiter, Europa, e da lua de Saturno, Encélado
Prof. Ralf Bachmayer do MARUM, líder do projeto
A previsão é que o sistema completo do nanoAUV seja testado sob uma plataforma de gelo na Antártida, perto da Estação Neumayer III, em meados de 2026. A nave encapsulada terá que derreter nada menos que 4.000 metros de gelo para conseguir explorar os lagos subglaciais.
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