Cada pessoa tem seus planos para quando a morte chegar, mas virar um diamante certamente não era um deles, mas agora pode ser: os restos mortais cremados de um ser humano podem ser usados como um dos componentes no processo de fabricação de um cristal em laboratório. Ou seja, se você quiser ser eternizado de algum jeito, que forma melhor do que uma joia?

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Como se forma o diamante

Antes de tudo, vale entender como os diamantes se formam: eles são feitos de carbono puro, submetidos à intensa pressão e calor por bilhões de anos. A maioria deles se formou entre 1 e 3 bilhões de anos atrás, nas profundezas da superfície terrestre.

Por ser criado em condições tão rígidas, o diamante tem uma estrutura atômica fortemente ligada, tornando-o uma das substâncias mais resistentes de que temos conhecimento.

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Produção em laboratório

  • No entanto, caso você queira se tornar um diamante após a morte, não será necessário esperar bilhões de anos. É possível criar a substância usando uma máquina que imita as condições sob as quais o diamante foi formado na Terra.
  • Segundo o site IFLScience, trata-se de uma técnica conhecida como tratamento de alta pressão e alta temperatura (HPHT, na sigla em inglês) que aquece os materiais fontes de carbono a mais de 2.300°C e a pressão de 6,5 a 8,5 gigapascal.
  • Além disso, é necessário de uma amostra de diamante já existente (que servirá como o cristal organizador do restante dos diamantes) e carbono, o principal ingrediente.
  • Nisso, nós, humanos, estamos seguros: a massa do nosso corpo é 18,5% composta de carbono e o restos cremados produzem cerca de 2,5 a 8,5 miligramas.
  • Para fazer um diamante, basta 1 mg de carbono (ou seja, você pode virar de 2 a 8 joias).

Veja uma demonstração do processo:

Como fazer e preço

O processo é complexo, mas a empresa do vídeo acima, a Eterneva, o faz.

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Primeiro, eles transformam o carbono dos ossos cremados em um sal que pode ser manuseado, o carbonato, formado por um átomo de carbono e três de oxigênio. Então, eles usam gases para separar as impurezas nele. Depois, eles transformam esse carbono com oxigênio em carbono puro e, com o resultado, adicionam um diamante para passar pelo processo de HPHT.

No processo, a empresa adiciona alguns carbonos genéricos, além dos restos mortais, que darão a cor e textura do objeto final.

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O preço desse procedimento varia entre US$ 750 e U$ 20 mil, de acordo com o Cremation Institute.