O deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy contou em entrevista que foi diagnosticado com Parkinson em estágios iniciais e que estaria passando por um tratamento usando cannabis medicinal. O tratamento utiliza duas substâncias presentes na planta, a Cannabis sativa, e pode alivar sintomas como dores, insônia, ansiedade e depressão.
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Parkinson e tratamento com cannabis medicinal
Suplicy contou que foi diagnosticado no final do ano passado com sintomas leves e que, desde o início deste ano, realiza um tratamento complementar com a Cannabis.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o político do PT contou que importou um vidro do medicamento industrializado em fevereiro deste ano. Ele toma cinco gotas no café da manhã, outras cinco pela tarde e mais cinco à noite.
Além disso, ele usa o medicamento Prolopa.
Como funciona o tratamento
- A cannabis medicinal: são os medicamentos feitos com canabidiol (CDB) e tetrahidrocanabinol (THC).
- É verdade que o THC é o responsável pelo efeito psicoativo da droga. No entanto, nos medicamentos, tem apenas um teor máximo de 0,2%, como autorizado pela Anvisa, e não provoca o mesmo efeito.
- Ao entrar em contato com o organismo humano, ela tem um efeito analgésico, ansiolítico e relaxante, podendo melhorar sintomas da doença de uma forma mais eficaz que outros medicamentos.
- Ele é ministrado em forma de óleo (com as duas substâncias combinadas) dentro do que é permitido pela Anvisa.
- Em entrevista ao jornal O Globo, a neurologista Luana Oliveira, do núcleo de Cannabis medicinal do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, responsável pelo acompanhamento do deputado, disse que o tratamento é individualizado. Ou seja, não serve para todo paciente de Parkinson. Deve-se analisar as necessidades de cada um, como a Cannabis pode ajudá-lo e contra-indicações ao uso.
Vantagens do tratamento com cannabis medicinal
Luana Oliveira destaca que a cannabis medicinal é um tratamento complementar para aliviar sintomas da doença que outros medicamentos não dão conta, como dor, insônia, ansiedade e depressão. Ou seja, é preciso fazer uma associação entre diferentes remédios.
Inclusive, à Folha, Suplicy contou que parou de sentir dores na perna e os tremores na hora de comer, podendo voltar a caminhar e se exercitar como antes.
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