O julgamento do Google nos Estados Unidos ficou um pouco mais “confidencial”. A big tech está sendo acusada de violar leis antitruste devido a práticas anticompetitivas no país. E o processo, até agora público, barrou o acesso a documentos.

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Google reclamou dos documentos públicos

O Google reclamou que o Departamento de Justiça dos EUA publicou documentos do julgamento na internet sem antes pedir autorização.

No entanto, estes documentos são públicos e não precisam do aval da big tech. Isso porque eles foram disponibilizados no tribunal, não possuem informações confidenciais que justificariam sua exclusividade e, futuramente, devem ser inscritos em registros públicos do país.

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Ainda assim, após o descontentamento da companhia, o juiz Amit Mehta repreendeu o Departamento de Justiça e os documentos se tornaram inacessíveis. Mas não tanto.

Google teria reclamado sobre publicação dos documentos online (Imagem: Potashev Aleksandr/Shutterstock)

Defesa ao acesso

  • A jornalista Leah Nylen, do site Bloomberg, defendeu o acesso aos documentos, após o juiz não emitir um parecer. De acordo com ela, isso faz parte de um esforço contínuo do Google de limitar o que o público pode ver do julgamento.
  • Além disso, o depoimento da empresa continua e, na última quarta-feira (20), aconteceu a portas fechadas. Jornalistas não puderam ter acesso ao que aconteceu no tribunal e o Google se recusou a comentar a remoção dos documentos.
  • Alguns sites de notícias foram precavidos e, antes que eles sumissem, fizeram backup e os disponibilizaram em seus sites. É possível vê-lo, por exemplo, no site The Verge.
  • Entre os documentos, é possível ver apresentações do Google para sua equipe interna, orientando o que podem ou não fazer, e e-mails entre executivos da própria empresa.

O que o Google quer com isso

Para o site The Verge, a reclamação da Google e a consequente remoção dos documentos online mostra que a empresa não quer se prejudicar mais ainda com o julgamento.

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Apesar de usar termos conciliadores, como “participação de mercado” ao invés de “truste”, ou continuar se defendendo no tribunal contra as acusações de prejudicar a concorrência, a big tech quer evitar que exposição online complique a situação.

Google Chrome
Google está sendo acusado de práticas ilegais para beneficiar o seu buscador (Imagem: PixieMe / Shutterstock)

O que você precisa saber sobre o caso

  • O Google está sendo julgado nos Estados Unidos por supostas práticas ilegais de monopólio digital, violando leis antitruste.
  • Na primeira semana, a empresa se defendeu de acusações de que teria firmado parcerias com companhias do setor para tornar o seu buscador o padrão, em detrimentos de outros softwares. Isso teria acontecido, por exemplo, com empresas de smartphones.
  • Na segunda semana, o foco estava nos anúncios: a acusação alega que o domínio do Google permite que a companhia aumente os preços para os anunciantes sem grandes repercussões.
  • A big tech reafirma que as práticas não são abusivas, mas estimulam a concorrência.

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