Colisão entre galáxias é registrada pelo Hubble

A observação das galaxias faz parte de um iniciativa que pretende analisar um grupo conhecido como Atlas de Galaxias Peculiares
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 22/09/2023 08h33
hubble-nasa
O Telescópio Espacial Hubble, que trabalha há mais de 30 anos investigando o universo, revelou um planeta que sofre explosões de radiação constantes de sua estrela hospedeira. Crédito: NASA
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Telescópio Espacial Hubble fotografou a colisão de duas galáxias. Na imagem, divulgada no dia 18 de setembro, é possível ver uma ponte de gás e poeira que conectam as formações galácticas conhecidas como sistema Arp 107.

As galáxias estão localizadas a cerca de 465 milhões de anos-luz de distância da Terra e foram observadas a partir da Advanced Camera for Surveys, do Hubble, administrado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA). 

A observação das galáxias Arp 107 faz parte de uma iniciativa que pretende fazer analisar um grupo de formações galácticas conhecidas como Atlas de Galáxias Peculiares, compilado por Halton Arp em um livro de 1966. 

Galaxias Arp 107 (Credito: ESA/Hubble e NASA, J. Dalcanton)

Parte da intenção do programa de observação era fornecer ao público imagens destas galáxias espetaculares e de difícil definição.

ESA, em comunicado

Leia mais:

Galáxias em fusão

Na imagem é possível ver duas galáxias onde a menor está sendo absorvida pela maior. Essa fusão acaba criando a ponte conectando as duas, composto por um contínuo fluxo de gás e poeira.

A maior galáxia, a esquerda, é classificada como o tipo Seyfert. Elas são conhecidas por terem um núcleo ativo e brilhante, mas que ainda, sim, possibilita que a radiação emitida pelo restante da formação seja observada. Os núcleos galácticos ativos possuem um buraco negro central, e geralmente, emitem tanta luz que acaba ofuscando o brilho combinado de todas as estrelas de uma galaxia.

O braço espiral que se curva em torno do núcleo ativo da maior galáxia, está repleto de estrelas e é uma região conhecida por ser um berçário delas. Isso porque o gás e poeira que está sendo absorvido da formação galáctica menor fornece material para o seu crescimento.

Já a galáxia menor, no lado direito da captura, parece ter um núcleo menos brilhante e seu braços espirais não são bem definidos, provavelmente porque eles perderam suas forças enquanto eram absorvidos.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.