Regulamentação da IA não deve ser temida, diz ‘pai’ do ChatGPT

Sam Altman, CEO da OpenAI (criadora do ChatGPT), falou sobre a regulamentação da IA durante um evento em Taipei, capital de Taiwan
Pedro Spadoni25/09/2023 10h56
CEO da OpenAI, Sam Altman, durante evento
Sam Altman, ex-CEO da OpenAI (Imagem: Wikimedia Commons)
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É possível errar na regulamentação da inteligência artificial (IA), mas ela é importante e não deve ser temida. É o que disse Sam Altman, CEO da OpenAI (criadora do ChatGPT), durante um evento de IA organizado pela fundação beneficente de Terry Gou, fundador da Foxconn, em Taipei (Taiwan) nesta segunda-feira (25).

Para quem tem pressa:

  • Sam Altman, CEO da OpenAI, enfatizou a importância da regulamentação da inteligência artificial (IA), mas acredita que é possível haver equívocos nesse processo;
  • Ele disse que embora se preocupe com regulamentações excessivas, também se preocupa com a falta de regulamentação, especialmente para sistemas de IA “muito poderosos”;
  • Altman propõe que modelos mais poderosos que os mais usados no dia a dia (o ChatGPT, por exemplo) merecem uma atenção regulatória especial.

Conforme publicado pela Reuters, o executivo também disse:

É possível errar na regulamentação, mas eu não acho que devemos ficar sentados com medo dela. Na verdade, acho que alguma versão dela é importante.

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Logomarca da OpenAI com background do ChatGPT e imagem de maços de dólares sobreposta
(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

O CEO e rosto público da startup OpenAI, apoiada pela Microsoft, também comentou que embora não esteja muito preocupado com regulamentação excessiva do governo, isso pode acontecer.

No entanto, o executivo afirmou que também se preocupa com o que chamou de sub-regulamentação. “As pessoas na nossa indústria criticam muito a regulamentação. Estamos pedindo regulamentação, mas apenas para os sistemas mais poderosos”, disse Altman.

Em seguida, o CEO exemplificou quais sistemas seriam esses “mais poderosos”:

Modelos que são dez mil vezes mais poderosos que o GPT-4, modelos que são tão inteligentes quanto a civilização humana. Enfim, [esses] provavelmente merecem alguma regulamentação.

Ainda sobre isso, o executivo disse que “a regulamentação não tem sido uma coisa puramente boa, mas tem sido boa de muitas maneiras”. Para exemplificar, ele comparou a experiência de usar (ou depender de) IA com andar de avião:

Eu não quero ter que formar uma opinião toda vez que entro em um avião sobre quão seguro ele vai ser, mas confio que eles são bastante seguros e acho que a regulamentação tem sido positiva lá [na aviação].

Muitos países se debruçam sobre a regulamentação da IA. E o Reino Unido sediará uma cúpula global sobre segurança na IA em novembro (num local histórico da Segunda Guerra Mundial, inclusive). O foco será a compreensão dos riscos apresentados por essa tecnologia de ponta e como os quadros nacionais e internacionais podem ser apoiados.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.