Um exercício militar conjunto realizado pelos países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) chamou a atenção pelo teste de uma nova tecnologia de drones navais. Desenvolvido pela BAE Systems e pela Malloy Aeronautics, o T-600 foi apresentado na costa de Portugal e representa uma verdadeira revolução.

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O novo drone naval

O T-600 é uma aeronave movida a eletricidade capaz de decolar e pousar verticalmente, pode transportar uma carga útil de 200 kg, além de viajar a até 140 km/h. A tecnologia tem um alcance de até 80 km, dependendo da carga útil instalada.

O drone marítimo tem em torno do tamanho de um carro pequeno e é projetado para ser facilmente desmontado para o transporte. Durante o exercício da OTAN, ele liberou com sucesso, pela primeira vez, um torpedo antissubmarino. As informações são da New Atlas.

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O objetivo do teste não era apenas mostrar as capacidades de guerra do T600, mas também seu potencial para logística automatizada, reabastecimento, evacuação de vítimas e outras tarefas, com uma pegada ambiental relativamente leve, mas sem a necessidade de pilotos humanos.

De acordo com a BAE Systems, o T-600 será a base para um novo T-650 totalmente elétrico com capacidades de reconfiguração rápida para os mercados militar, comercial e humanitário.

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Em apenas dois anos, desde que lançámos a nossa colaboração com a Malloy, desenvolvemos um UAS de carga pesada e, trabalhando com a Marinha Real do Reino Unido e a Marinha Portuguesa, participamos no mais recente exercício REPMUS da OTAN. A demonstração mostrou a capacidade de nosso demonstrador de tecnologia T-600, carregando um torpedo inerte Sting Ray na frente das principais forças navais do mundo.

Neil Appleton, Chefe de Produtos Elétricos Sustentáveis da BAE Systems Air

Veja o drone naval em operação:

Exercícios militares da OTAN

  • O exercício conhecido como REPMUS (Robotic Experimentation and Prototyping with Maritime Uncrewed Systems) envolveu 15 parceiros da OTAN, juntamente com a Irlanda e a Suécia.
  • Ele fornece uma área segura e controlada para testar conceitos, requisitos, tecnologias novas e avançadas em relação a Sistemas Marítimos Não Tripulados.
  • Também é uma resposta à Rússia, que invadiu a Ucrânia no ano passado.
  • Apesar de não fazer parte da aliança militar, os ucranianos têm sido apoiados pelos integrantes da OTAN, inclusive com discussões sobre a possibilidade de entrada do país no organismo.
  • O teste de novas tecnologias pode significar, no futuro, o envio desses armamentos para a defesa da Ucrânia diante dos ataques de Moscou.