Uma pesquisa do instituto Robert Koch (ou RKI na sigla em inglês) revela um dado preocupante. Em média, 3.100 pessoas morreram na Alemanha por conta do calor extremo até setembro de 2023, mês que marca o fim do verão no país.

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Resumo do relatório

  • A maioria das vítimas tinha 75 anos ou mais, segundo o relatório das autoridades de saúde do país.
  • O índice de mortalidade foi maior entre mulheres — uma hipótese para o achado é que a população alemã é composta por mais mulheres que homens idosos.
  • Geralmente, o que mata é a combinação de calor com doenças preexistentes. 
  • O calor extremo aumenta a temperatura interna do corpo e o risco de problemas nos rins e coração, por exemplo.
  • Segundo os especialistas, os atestados de óbito não listam o calor como causa da morte.

“Em alguns casos, por exemplo, insolação, a exposição ao calor leva diretamente à morte, enquanto na maioria dos casos é a combinação da exposição ao calor e condições pré-existentes que leva à morte”, explica o RKI.

Como o calor não é registado como causa básica de morte, o instituto explica que utiliza métodos estatísticos que combinam dados de mortalidade e temperatura para estimar o número de mortes relacionadas com altas temperaturas.

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Dados de mortes por calor em anos anteriores

Para efeito de comparação, o órgão alemão registrou 4.500 mortes causadas pelo calor em 2022. Entretanto, o RKI atribui o número maior a pandemia que ainda estava em curso no último verão.

  • Os anos com mais vítimas foram 2015, 2018 e 2019, todos com mais de 6.000 mortes cada. 
  • Curiosamente, 2014, 2016, 2017 e 2021(mesmo com a pandemia) tiveram mortes muito abaixo, em média de 1.000 a 1.700.
  • As diferenças, segundo a pesquisa, “podem ser atribuídas aos diferentes graus de episódios de calor”.

O que dizem as autoridades

  • O ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, aponta que a adoção de um plano para proteção contra o calor apresentado este ano foi relevante para evitar resultados ainda piores.
  • Entre as medidas, está o envio de mensagens para celulares de pessoas com comorbidades e idosos alertando para se proteger do calor.
  • Sem isso, o número de mortes podeira ter superado a marca de 4.000 pessoas.

Vale destacar que a Alemanha passou pelo seu setembro mais quente da história, segundo o DWD. Com temperatura média acima de 17°C.