Elon Musk é processado por afirmar que homem era neonazista no X/Twitter

Jovem de 22 anos pertence a uma fraternidade judaica e afirma que sua reputação foi danificada após as acusações falsas de Elon Musk
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 03/10/2023 17h09
Elon Musk em evento
Elon Musk deve prestar depoimento para se explicar sobre declarações relacionadas ao piloto automático da Tesla (Imagem: Getty Images)
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Elon Musk vai ser alvo de mais um processo. Dessa vez relacionado a difamação cometida pelo dono do X (antigo Twitter) ao afirmar que um homem da Califórnia era um agente federal que operava disfarçado com uma organização neonazista no noroeste do Pacífico.

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Entenda o caso

  • Membros do grupo, conhecido como Rose City Nationalists, tiveram suas máscaras removidas durante uma briga em um evento de orgulho LGBTQ no Oregon.
  • Quando as imagens do evento apareceram nas redes sociais, alguns usuários do X identificaram incorretamente um dos homens envolvidos no incidente como Benjamin Brody, um jovem de 22 anos.
  • Ele pertencia a uma fraternidade judaica e fez uma postagem dizendo que queria um emprego no governo.
  • A ação alega que Musk fez uso da postagem para difamar Brody sem nenhum tipo de prova ou mesmo a confirmação de que se tratava do jovem nas imagens.
  • As informações são da TechCrunch.
Elon Musk
Elon Musk foi processado por difamação (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Não é o primeiro processo contra Elon Musk

O processo ainda aponta que o bilionário amplificou as falsas alegações ao divulgar uma falsa teoria da conspiração, o que resultou em uma enxurrada de ódio contra Brody. De acordo com a ação, a reputação do jovem foi “catastroficamente danificada” com o episódio.

A defesa dele ainda aponta que um grande número de pessoas acreditava que Brody era de fato “um neonazista envolvido em uma operação para cometer terrorismo político”.

Esta não é a primeira vez que Musk é processado por difamação por comentários descuidados e inflamatórios no X. O mergulhador de cavernas britânico Vernon Unsworth processou o empresário por chamá-lo de “cara pedófilo” durante uma discussão sobre a operação de resgate de 2018 para salvar crianças presas em uma caverna na Tailândia. Na oportunidade, a justiça entendeu que Musk era inocente.

O mais novo processo está sendo liderado por Mark Bankston. O advogado comentou a situação.

Hoje, tenho o orgulho de anunciar que entrei com um processo contra mais um notório disseminador de informações falsas: o dono desta plataforma, Elon Musk. Ele não vai parar até que alguém o detenha. Parece que a responsabilidade agora recai sobre um jovem tímido de 22 anos cuja vida foi abalada pela conduta imprudente de Musk.

Mark Bankston, advogado
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.