O JAC e-js1 já é o carro elétrico mais barato vendido hoje no Brasil. Vale a pena comprar o modelo “mais em conta” por quase R$ 140 mil? Depende de vários fatores. Pode ser uma boa experiência para quem quer adquirir o primeiro veículo elétrico, seja por preocupação com o meio ambiente ou gasto com combustível. Mas também pode não ser uma boa ideia . Por isso, elencamos 5 motivos para não comprar um JAC e-js1.

Se você olhou o JAC e-js1 e lembrou do UP! não foi por acaso. O carro chinês foi desenvolvido em parceria com a Volkswagen na China e por isso a semelhança se explica.

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É um veículo pequeno, que promete ser ágil para rodar na cidade e sim, pode ser uma opção para quem quer um modelo compacto, simples e sem luxo. Porém, se o valor é alto para quem busca simplicidade, não é o único motivo que pode desencorajar a compra. Veja mais 5 que destacamos a seguir:

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1. Não é para viagens

O motor do JAC e-js1 desenvolve 62 cv de potência, com torque de 15,3 kgfm, o que significa uma boa performance de saída para fazer uma ultrapassagem ou arrancar rapidamente. Para um modelo 1.0 é um destaque, com entrega de torque instantânea (presente em todos os elétricos), mas aliada ao baixo peso, de 1.180 kg.

Porém, a velocidade máxima é de 110 km/h. De acordo com o fabricante, o modelo chega aos 100 km/h em 10,7 segundos, mas pegar uma estrada com esse limite de velocidade pode desanimar muita gente.

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 Já a bateria combina com o carro, é pequena (30,2 kWh) e com autonomia bem limitada. Os recentes novos parâmetros de medição do Inmetro atestam que o JAC e-js1 pode rodar 161 km. Na cidade é um número bem razoável, mas para viajar, só se for um percurso curto.

2. Falta de espaço

Pequeno por fora, menor ainda por dentro. O porte compacto de 3,65 metros de comprimento combina com o entre-eixos, que ajuda a determinar o espaço interno. Bem reduzido, os 2,39 m só permitem levar 3 passageiros para não prejudicar o conforto.

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O espaço para as pernas para quem senta no banco traseiro é apertado. E nem vamos falar em porta-malas e sim em porta-objetos, já que são somente 121 litros de capacidade.

3. Recarga pode demorar

Se optar por uma recarga rápida em eletropostos (de 15% a 85%) vai levar apenas 1 hora. Mas nem sempre é fácil encontrar um local adequado para recarregar rapidamente. Esse tem sido um problema recorrente relatado por compradores de carros elétricos. E o aumento das vendas por esse tipo de veículo tem dificultado ainda mais a recarga em estabelecimentos públicos.

Se usar um carregador doméstico do tipo wallbox com cerca de 7 kW,  vai levar em média  3 horas e meia e ainda terá um gasto a mais para adquirir um. Já em uma tomada caseira, uma carga completa requer 11 horas de espera.

4. Risco à segurança

O JAC e-js1 foi o primeiro carro elétrico a ser testado pelo Latin NCAP, principal avaliador da segurança viária de veículos vendidos na América Latina e no Caribe (braço latino-americano do Euro NCAP), que avalia a segurança e resistência a impactos dos veículos. A pontuação foi baixa na maioria dos quesitos avaliados.

O compacto, embora equipado com airbag duplo frontal, não pontuou em segurança para os ocupantes adultos e obteve apenas 6,3% na proteção para crianças. Em relação ao impacto frontal, a estrutura demonstrou-se instável. A proteção torácica foi classificada como pobre e, entre outros fatores de risco, houve ainda um desgaste fora do comum nos pneus do modelo durante os testes de estabilidade, desgaste tão severo que chegou ao ponto de a avaliação precisar ser interrompida. Ou seja, o JAC e-js1 obteve zero estrela na classificação dos testes de segurança e colisão.

5. Precisa de ajustes

Vai ser difícil encontrar uma boa posição para dirigir o chinesinho. Não há ajuste de profundidade do volante nem de altura do banco do motorista.

Quando interrompe a regeneração, o freio nem sempre responde com prontidão, precisa ficar atento. Além disso, a luz de freio não acende na fase de regeneração e pode dar um susto no motorista de trás.

A direção com um pedal é incômoda, porque a resposta ao pé direito não é bem modulada. A suspensão é macia demais e mal calibrada e o ESP (controle de estabilidade) é sensível e interfere demais, cortando potência.

Não perca as esperanças

Fique atento: o preço vem apresentando constantes quedas, e esse movimento reflete os efeitos da concorrência do novo BYD Dolphin.

Lançado recentemente pelo valor promocional de R$ 149.800, um preço abaixo do esperado, o modelo é considerado como uma grande promessa no setor de compactos elétricos, devido ao porte e à oferta de equipamentos.

Além do Dolphin, o JAC e-js1 tem como rivais o Renault Kwid e-tech e o Caoa Chery iCar. No futuro, a concorrência e o constante aperfeiçoamento dos modelos podem sim valer a compra de um veículo eletrificado.

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