A CCS Insight estimou, em sua análise anual das tendências tecnológicas, que o nicho da inteligência artificial (IA) generativa – tecnologia do ChatGPT, por exemplo – vai ter uma espécie de choque de realidade em 2024.

Para quem tem pressa:

  • A CCS Insight prevê uma desaceleração na adoção da tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa em 2024;
  • Indicadores como o declínio do entusiasmo, aumento dos custos operacionais e apelos para regulamentação contribuem para essa previsão;
  • Modelos de IA generativa (o ChatGPT, por exemplo) exigem alta capacidade de processamento e chips especializados, o que implica em grandes despesas para as empresas;
  • Gigantes como Amazon, Google, Alibaba, Meta e OpenAI estão projetando seus próprios chips de IA dedicados para lidar com esses requisitos;
  • Além disso, a regulamentação da IA na União Europeia pode enfrentar desafios e passar por revisões devido à rápida evolução da tecnologia.

Indicadores como o declínio do entusiasmo em torno da tecnologia, o aumento dos custos operacionais e os apelos crescentes para regulamentação sinalizam uma possível desaceleração na adoção desse avanço, conforme publicado pela CNBC.

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IA generativa: o que vem por aí

Ilustração de mão robótica segurando folha de papel com quadrados rosas em volta
(Imagem: Rawpixel)

A CCS Insight, conhecida por suas previsões precisas, aponta que a IA generativa enfrentará uma “redução de temperatura” em 2024, à medida que a complexidade, custos e riscos envolvidos na implementação começarão a se sobrepor ao entusiasmo inicial.

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Ben Wood, analista-chefe da CCS Insight, destaca que embora a IA tenha um impacto significativo na economia e na sociedade, o frenesi em torno da IA generativa em 2023 gerou expectativas desproporcionais. Ele observa que há muitos obstáculos a serem superados antes que essa tecnologia alcance o mercado de maneira ampla.

Os modelos de IA generativa requerem uma enorme capacidade de processamento para executar os complexos modelos matemáticos que possibilitam suas respostas. Empresas precisam adquirir chips de alta potência para lidar com esses aplicativos de IA, o que muitas vezes implica em grandes despesas.

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Atualmente, gigantes como Amazon, Google, Alibaba e Meta, e segundo relatos, a OpenAI, estão até mesmo projetando seus próprios chips de IA dedicados para lidar com esses requisitos.

Wood destaca que o simples custo de implementar e manter a IA generativa é considerável, o que pode se tornar proibitivo para muitas organizações e desenvolvedores.

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Regulamentação da IA

Ilustração de mão humana quase tocando mão robótica de inteligência artificial
(Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Além disso, os analistas da CCS Insight preveem que a regulamentação da IA na União Europeia enfrentará desafios.

Embora a UE deva tomar a dianteira em introduzir regulamentações específicas para a IA, é provável que essas normas passarão por diversas revisões devido à rápida evolução dessa tecnologia.

Wood conclui que a legislação provavelmente não será finalizada até o final de 2024, o que permitirá à indústria dar os primeiros passos em direção à autorregulação nesse campo promissor.

O que é inteligência artificial generativa?

A IA generativa refere-se aos sistemas capazes de criar, produzir ou gerar novos dados (imagens e textos, por exemplo). Essa tecnologia consegue criar algo novo e original com base no que aprendeu.

Quais sites e aplicativos usam IA generativa?

Entre as plataformas mais populares que usam IA generativa, estão: ChatGPT, DALL-E, Midjourney, Bing Chat e Google Bard.