A União Europeia (UE) indicou que as empresas de tecnologia devem remover conteúdos ilegais de suas plataformas caso não queiram sofrer penalidades. O pedido vem após publicações falsas, manipuladoras ou de desinformação terem aumentado após as ações do grupo islâmico Hamas e a resposta retaliatória de Israel, em relação à Faixa de Gaza. X (antigo Twitter) e Meta foram advertidas.

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Hamas e Israel: desinformação no X e na Meta

  • As recentes ofensivas do Hamas contra Israel e a resposta começaram no sábado (7). Desde então, desinformação, imagens e vídeos adulterados, mal rotulados ou tirados de contexto foram espalhados nas redes sociais, assim como conteúdos mostrando violência gráfica;
  • Segundo a Reuters, na terça-feira (10), o Comissário europeu de Mercado Interno Thierry Breton advertiu Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), que contivesse a desinformação na plataforma, porque conteúdos ilegais e informações falsas estavam sendo usados para promover a violência, inclusive contra o Oriente Médio;
  • Na quarta-feira (11), Breton também advertiu a Meta, dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, para que garantisse o cumprimento da legislação europeia e controlasse esses conteúdos;
  • Em cartas enviadas a Musk e Mark Zuckerberg, CEO da Meta, o Comissário avisou que ambas tinham 24 horas para informar a União Europeia como estavam impedindo esse tipo de publicação nas respectivas plataformas;
  • Não é possível saber se Breton advertiu outras empresas.

X Twitter
Imagem: Camilo Concha/Shutterstock

Obrigações das plataformas na União Europeia

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, também lembrou às empresas que detém redes sociais de cumprirem seu dever de impedir conteúdos nocivos em relação ao conflito.

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Um porta-voz da Comissão não identificado falou à Reuters afirmando que “o conteúdo que circula online e que pode ser associado ao Hamas é qualificado como conteúdo terrorista, é ilegal e precisa ser removido”.

Vale lembrar que a União Europeia e os Estados Unidos definem o Hamas como um grupo terrorista, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) não. O Brasil tradicionalmente segue a orientação da ONU e, portanto, não classifica os atos de sábado como terrorismo.

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Caso as plataformas não cumpram as orientações da UE, podem sofrer penalidades, que incluem uma multa no valor de até 6% do volume de negócios global. Os reincidentes podem até ser proibidos de operar na região.

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