Descobrir a idade de estrelas e planetas permite aos cientistas compreender a formação do Universo e desses objetos espaciais, no caso de planetas, até mesmo saber se ele teve tempo o suficiente para a vida evoluir neles. Mas determinar há quanto tempo eles existem, não é exatamente fácil.

Isso porque a aparência de estrelas e planetas muda muito pouco ao longo de sua vida. O brilho, tamanho e temperatura do Sol, por exemplo, é praticamente o mesmo desde quando ele se formou, e a temperatura dos planetas é definida pela estrela que orbitam. Dessa forma seria como tentar adivinhar a idade de uma pessoa que não envelhece.

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No entanto, felizmente, algumas características da estrela permitem com que seja determinada sua idade

  • Apesar do brilho das estrelas serem quase o mesmo durante toda sua vida, a partir de medições precisas de sutis alterações e modelos matemáticos de envelhecimento é possível determinar a idade delas;
  • Outra forma de descobrir o quão velha elas são é a girocronologia, que avalia a velocidade do movimento de rotação de estrelas em comparação com a de outras, com idade conhecida;
  • A rotação gera os campos magnéticos estelares, que por sua vez é responsável por eventos como erupções estelares. A queda dessas atividades também indica uma estrela envelhecida;
  • O método mais avançado de estimar a idade desses objetos é a asterosismologia, ou agitação estelar, que analisa as vibrações da superfície estelar que viajam pelo seu interior com padrões vibracionais característicos.

Idade dos planetas

Marte via NASA/JPL Caltech
Os astrônomos determinam frequentemente as idades de objetos espaciais rochosos, como Marte ou a Lua, contando as suas crateras (Crédito: NASA/JPL Caltech)

Mas para determinar a idade dos planetas precisamente as coisas são mais complicadas. Os cálculos dependem da presença de radionuclídeos, elementos especiais que liberam energia lentamente durante suas longas vidas. Essa técnica permite que qualquer coisa seja analisada, mas existe uma limitação, é necessário tê-la em mãos.

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Uma forma de estimar a idade de mundos sem essas restrições é a partir do número de crateras que ele possui, com as mais antigas tendo mais sinais de colisão com asteroides do que as mais recentes. No entanto, erosões causadas pela água, pelo vento, raios cósmicos ou pelo fluxo de lava dos vulcões podem facilmente apagar essas evidências.

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Agora para exoplanetas, qualquer uma das tecnologias atuais não permite medir diretamente suas idades, sendo sugerido que ele tenha quase o mesmo tempo que suas estrelas hospedeiras, tal como no Sistema Solar.

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