A guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel traz à tona uma série de temores. Um deles é que o conflito escale para todo o Oriente Médio a partir do ingresso de outros grupos extremistas e até Estados em um confronto aberto. As consequências disso seriam catastróficas do ponto de vista humano, mas também econômico, segundo alerta do JPMorgan.

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“Momento mais perigoso em décadas”

Em teleconferência com jornalistas, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse que o banco estava profundamente triste com os ataques e “o derramamento de sangue e a guerra resultantes”. Ele ainda alertou para os sérios riscos geopolíticos de uma iminente invasão do exército de Israel da Faixa de Gaza.

Dimon também lembrou que a guerra entre Rússia e Ucrânia continua e não há nenhuma perspectiva de encerramento dos confrontos. As análises do contexto global fazem parte do relatório de resultados do terceiro trimestre do maior banco de Wall Street.

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Este pode ser o momento mais perigoso que o mundo já viu em décadas. A guerra na Ucrânia, agravada pelos ataques da semana passada a Israel, pode ter impactos de longo alcance nos mercados de energia e alimentos, no comércio global e nas relações geopolíticas.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan

Um dos impactos da mais recente guerra no Oriente Médio foi o aumento do preço do petróleo. O barril tipo Brent já superou a marca de 90 dólares. O reajuste tem impacto direto na vida das pessoas em todo o mundo, uma vez que encarece os custos do transporte de passageiros e de cargas, além de causar uma pressão inflacionário em um momento em que diversos países tentam conter a alta inflação.

Embora esperemos o melhor, preparamos o banco para uma ampla gama de desdobramentos para que possamos entregar resultados consistentes aos clientes, independente do ambiente.

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan

As informações são da Bloomberg.

Tanque de guerra com bandeira de Israel
(Imagem: Exército de Israel/Wikimedia Commons)

Situação da guerra

  • A guerra entre o Hamas e Israel chegou ao décimo dia nesta segunda-feira (16).
  • Já são 2,6 mil palestinos e 1,4 mil israelenses mortos, a grande maioria civis.
  • Apesar dos apelos da comunidade internacional, não houve avanços nas negociações para um cessar-fogo ou para a criação de um corredor humanitário em Gaza.
  • O exército de Israel continua alertando os palestinos para que deixem o norte do território controlado pelo grupo extremista islâmico.
  • Os bombardeios na região continuam, e os israelenses estão finalizando os últimos preparativos para uma invasão terrestre.
  • A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a situação humanitária em Gaza é catastrófica e cobra de Israel o respeito pelas leis de guerra.