Uma equipe internacional de cientistas lançou a iniciativa Polymathic AI. Esta colaboração pioneira usa a tecnologia por trás do ChatGPT com um foco específico: auxiliar cientistas na modelagem de fenômenos complexos, desde estrelas supergigantes até o clima da Terra.
Para quem tem pressa:
- A iniciativa Polymathic AI, liderada por uma equipe internacional de cientistas, utiliza a tecnologia por trás do ChatGPT para auxiliar cientistas na modelagem de fenômenos complexos em campos como astrofísica e climatologia;
- Enquanto o ChatGPT se destaca na interpretação de palavras e frases, a IA do projeto trabalha com dados numéricos e simulações físicas de diversas disciplinas científicas;
- O objetivo é transformar a forma como a IA e o aprendizado de máquina são aplicados na ciência;
- A Polymathic AI reúne especialistas de renome em física, astrofísica, matemática, inteligência artificial e neurociência.
Enquanto o ChatGPT se destaca na interpretação de palavras e frases, a inteligência artificial (IA) da equipe absorverá dados numéricos e simulações físicas provenientes de diversos campos científicos. As informações foram divulgadas pela Universidade de Cambridge.
Leia mais:
- Uma crise ‘quase inevitável’ está no horizonte – e a culpa é da IA
- Aprenda a usar o ChatGPT: 10 dicas valiosas para criar perguntas precisas
- ChatGPT e IA: o que os chatbots sabem sobre nós e com quem compartilham dados?
IA do ChatGPT na ciência
O objetivo é revolucionar a forma como a IA e o aprendizado de máquina são utilizados na ciência, como destaca Shirley Ho, a principal pesquisadora da Polymathic AI e líder de grupo no Centro de Astrofísica Computacional do Instituto Flatiron.
O princípio subjacente à Polymathic AI é comparável a aprender um novo idioma quando já se dominam outros cinco. Iniciar com um modelo base pré-treinado pode ser mais eficiente e preciso do que construir um modelo científico do zero, mesmo quando os dados de treinamento não são diretamente relevantes para o problema em questão.
Miles Cranmer, co-investigador da equipe e pesquisador do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica de Cambridge, aponta que a colaboração com a Fundação Simons proporcionou recursos valiosos para desenvolver protótipos desses modelos, um avanço significativo para a pesquisa científica.
Além de sua capacidade de reunir dados de diferentes disciplinas, a Polymathic AI pode identificar semelhanças e conexões entre campos aparentemente distintos – um feito importante à medida que a especialização científica avança.
Inteligência artificial polimática
O projeto conta com especialistas de renome em física, astrofísica, matemática, inteligência artificial e neurociência, provenientes de instituições como a Fundação Simons, Universidade de Nova York, Universidade de Princeton e Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Francois Lanusse, cosmologista do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) na França, observa que a maioria das soluções de aprendizado de máquina são desenvolvidas para casos de uso específicos e treinadas em dados muito particulares.
A Polymathic AI, no entanto, rompe essas barreiras ao aprender com dados diversos e aplicar esse conhecimento multidisciplinar a uma ampla gama de questões científicas.
O projeto busca não apenas avançar em disciplinas individuais, mas também conectar áreas que historicamente operaram de forma independente.
A Polymathic AI é uma aposta audaciosa na convergência entre IA e ciência. E a comunidade científica vai acompanhar atentamente os avanços que essa colaboração pode gerar nos próximos anos.