Continuando a sua saga em busca do “Santo Graal” da robótica — tecnologias tão habilidosas quanto braços e mãos humanas —, a Amazon apresentou recentemente uma nova inovação para os seus armazéns. O Sequoia é um sistema robótico que utiliza inteligência artificial para identificar e separar encomendas.

A máquina deve auxiliar os funcionários da empresa e visa trazer mais velocidade e segurança nas operações. Ela faz parte de um grande plano da varejista para aumentar a eficiência de suas entregas por meio do investimento em robótica e IA.

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A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal.

O que a Sequoia promete?

  • O Sequoia, que recebeu o nome em homenagem às árvores nativas da Califórnia, promete acelerar significativamente o processo de entregas e reforçar a segurança dos trabalhadores.
  • Assim, tenta otimizar o desempenho dos armazéns e melhorar a experiência dos clientes da Amazon.
  • Segunda a empresa, a máquina foi projetado para agilizar o atendimento de pedidos em até 25%, permitindo que a Amazon coloque produtos à venda em seu site de forma mais rápida.
  • Além disso, o Sequoia tem a capacidade de identificar e armazenar estoque até 75% mais rápido do que métodos anteriores.
  • Ela também ajuda a colocar itens à venda no site com mais rapidez e prever estimativas de entrega.

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A ideia é que o novo sistema integre grande parte das operações da varejista em três a cinco anos. David Guerin, diretor de tecnologia de armazenamento robótico da Amazon, disse ao WST que “quanto mais rápido processarmos o estoque, maior será a probabilidade de conseguirmos entregar quando dissemos que poderíamos”.

Como o novo sistema funciona?

  • Os produtos são transportados por veículos até contêineres que contêm uma variedade de itens a serem ser processados e preparados para entrega.
  • No novo sistema, os contêineres são levados até uma máquina de triagem avançada equipada com pequenos braços robóticos e visão computacional.
  • Os braços robóticos são capazes de identificar e manipular os itens com precisão, enquanto a visão computacional permite que o sistema reconheça os objetos.
  • Após a triagem na máquina, as caixas com os produtos são encaminhadas para um funcionário que irá separar os pedidos dos clientes.
Vídeo: divulgação Amazon

No sistema anterior, não havia o processo automatizado de triagem e os funcionários poderiam ter que pegar as encomendas manualmente. Muito diferente do novo, em que os recipientes são entregues na altura da cintura para reduzir o risco de lesões.

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O plano da Amazon não é bem-visto

O Sequoia é parte integrante da estratégia da Amazon para melhorar a segurança no local de trabalho, prever estimativas de entrega e satisfazer a crescente demanda dos clientes por entregas mais rápidas. Apesar de o plano ter diversos benefícios, ainda preocupa pesquisadores e ativistas trabalhistas.

De acordo com eles, a busca por velocidade pode colocar os trabalhadores em risco e a implementação da robótica pode, na verdade, aumentar os acidentes. Tye Brady, tecnólogo-chefe da Amazon Robotics, reafirmou que o investimento da empresa visa aumentar a segurança e eliminar tarefas repetitivas.

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Mesmo sendo projetado para trabalhar ao lado de uma equipe humana, a possível diminuição do quadro de funcionários ficou no ar. A Amazon informou que o novo mecanismo irá alterar a quantidade de funcionários sem especificar de que maneira, mas disse que não enxerga a automação como fator de eliminação de empregos.

A organização pretende a incorporar cada vez mais a robótica em suas operações. Em 2012, adquiriu a Kiva Systems por US$ 775 milhões, introduzindo robôs móveis em suas operações. E possui planos para um robô bípede, chamado Digit, que é capaz de mover, agarrar e manusear itens.