Guerra Israel-Hamas: preço da gasolina vai subir? Petrobras responde

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, falou sobre o conflito no Oriente Médio e seus possíveis impactos no preço da gasolina no Brasil
Pedro Spadoni19/10/2023 11h00
Frentista abastecendo carro com gasolina
(Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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A princípio, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas não deverá afetar os preços do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis no Brasil. Mas se o conflito se estender para outros países produtores de petróleo no mundo árabe, aconteceria uma “tempestade perfeita”. Foi o que disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, nesta quinta-feira (19).

Para quem tem pressa:

  • O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que, “em princípio”, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas não afetará os preços do petróleo e dos combustíveis no Brasil;
  • No entanto, Prates mencionou que uma possível expansão do conflito para outros países produtores de petróleo no mundo árabe causaria uma “tempestade perfeita”;
  • Jean Paul Prates ressaltou que, até o momento, não há indícios concretos de que o conflito se estenderá para outros países produtores de petróleo;
  • Atualmente, o preço do barril de petróleo está em torno de US$ 91, e enquanto a situação não se agravar em países produtores, é provável que os preços permaneçam relativamente estáveis.

Prates fez esses comentários após uma reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O objetivo da reunião foi apresentar o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham al-Ghais, que está em visita ao Brasil para discutir temas relacionados à transição energética.

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Domo de ouro em Israel
(Imagem: Alistair/Flickr)

O presidente da Petrobras também admitiu que, para além das preocupações humanitárias, um possível envolvimento de países como Egito e Irã na guerra seria particularmente prejudicial para o Brasil, que já enfrenta preços elevados dos combustíveis.

Apesar da preocupação com um possível alastramento do conflito, Prates explicou que, até o momento, não há indícios concretos de que isso irá acontecer.

Atualmente, o preço do barril de petróleo está em torno de US$ 91 (aproximadamente R$ 460). Prates indicou que, enquanto a situação não se estender para países produtores, é provável que os preços permaneçam relativamente estáveis.

Essa visão é compartilhada pela Opep, de acordo com Prates, que afirmou que a organização não tem intenção de se envolver no momento. No entanto, ele ressaltou que não pode falar pelos outros países.

Sobre uma possível discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os impactos da guerra nos preços dos combustíveis, Prates afirmou que ainda estão organizando a agenda, levando em consideração a convalescença do ex-presidente.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.