Citando guerra, Petrobras reduz preço da gasolina e aumenta o do diesel

Segundo a Petrobras, a gasolina terá redução de R$ 0,12 por litro, enquanto o diesel aumentará R$ 0,25 por litro a partir deste sábado (21)
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 20/10/2023 14h16
Fachada de prédio da Petrobras
(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras irá diminuir a partir deste sábado (21). Já o valor do diesel terá aumento a partir da mesma data. Esse é o primeiro comunicado do tipo da empresa após o início da guerra entre Israel e Hamas no Oriente Médio, que causou aumento do preço do barril de petróleo.

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Novos valores de venda para as distribuidoras

  • Segundo a Petrobras, a gasolina terá redução de R$ 0,12 por litro, comercializada pela petroleira a R$ 2,81 o litro.
  • Já o diesel terá aumento de R$ 0,25 por litro, passando para R$ 4,05 o litro.
  • Segundo a petroleira, os preços de venda acumulam queda neste ano.
  • No caso da gasolina, a redução é de R$ 0,27 por litro e, do diesel, de R$ 0,44 por litro.
  • As informações são do G1.
Fachada de prédio da Petrobras
Petrobras citou a guerra no Oriente Médio como justificativa para mudança nos preços (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Aumento do preço do petróleo foi citado pela Petrobras

A mudança nos preços da Petrobras só afeta a comercialização com as distribuidoras. O reajuste de valores nos postos de combustíveis depende exclusivamente dos estabelecimentos. Além disso, levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.

A empresa explicou que os seus preços para as distribuidoras estariam no intervalo entre o maior valor que um comprador pode pagar antes de querer procurar outro fornecedor e o menor valor que a Petrobras pode praticar na venda mantendo o lucro.

A estratégia comercial que adotamos nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatidade para o consumidor.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras

A petroleira anunciou em maio deste ano mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.

No entanto, apesar de a Petrobras produzir grande parte da gasolina e diesel consumidos no Brasil, o país ainda depende de importações, cujos preços são definidos de acordo com a cotação internacional. A empresa afirmou que a nova estratégia ajudou a mitigar “os efeitos da volatilidade e da alta abrupta de preços externos”.

Nesta quarta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre o assunto e descartou o risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil por causa do aumento de quase 10% no preço do barril de petróleo causado pela guerra entre Israel e Hamas.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.