A tecnologia pode ser incorporada na medicina de formas inovadoras e, futuramente, poderá até imitar órgãos para salvar vidas. Isso é o que propõe um estudo em andamento, que busca desenvolver dispositivos simuladores de órgãos vitais do corpo humano, como rim, intestino e coração, para ajudar no desenvolvimento de suas respectivas funções.

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Tecnologia para simular órgãos

  • A tecnologia em questão foi desenvolvida em Harvard e está sendo estudada nos Estados Unidos há alguns anos. Mais recentemente, virou tema de estudo de Suélia Fleury, integrante sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
  • Trata-se de uma estrutura mecânica em miniatura que usa um conjunto de chips para replicar funções dos órgãos humanos em laboratórios. Fleury, inclusive, esclarece que não são órgãos em miniatura, mas um dispositivo que imita o funcionamento deles.
  • Além dos chips, a tecnologia batizada de “organ-on-a-chip” também conta com canais por onde circulam os fluidos do corpo e em que são depositadas células vivas, que crescem dentro da estrutura. Os resultados ainda estão sendo analisados.
  • Como exemplo, a pesquisadora cita o coração, rim, intestino, pulmão e fígado.
Ilustração realista de coração e sistema circulatório de uma pessoa
Tecnologia poderá simular funções de diversos órgãos humanos (Imagem: Reprodução/American Health Care Academy)

Aplicações desses órgãos

Futuramente, a tecnologia de órgãos em um chip poderá substituir testes em animais, uma vez que a estrutura desempenha seu papel no corpo humano, para gerar novos tipos de medicamentos e no desenvolvimento de outros equipamentos.

Fleury menciona um equipamento em desenvolvimento voltado para a cicatrização de feridas causadas pela diabetes, uma vez que pessoas com a doença apresentam dificuldades na cicatrização. A pesquisa já desenvolveu um protótipo capaz de gerar um crescimento de vasos nos tecidos dos pés, aumentando a circulação.

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Imagem: Shutterstock/LALAKA

Importância

A engenharia biomédica é o campo de estudo que visa desenvolver tecnologias voltadas à área de saúde. É com ela que a estrutura de órgãos em um chip pode funcionar e salvar vidas, possibilitando o funcionamento de uma parte vital do corpo humano.

Segundo Suélia Fleury, a tecnologia é fundamental para que o Brasil esteja preparado para enfrentar os desafios da medicina.