As ações da Petrobras registraram queda de 6,61% – a maior desde dezembro de 2022 – no pregão de segunda-feira (23). Para a estatal, isso significou perder R$ 32,3 bilhões do seu valor de mercado do dia para a noite.

Para quem tem pressa:

  • As ações da Petrobras tiveram uma queda de 6,61% no pregão de segunda-feira (23), resultando em uma perda de R$ 32,3 bilhões no valor de mercado da empresa;
  • A queda ocorreu após a Petrobras anunciar a proposta de mudanças em seu estatuto social, com a principal alteração sendo a remoção de restrições para a indicação de administradores, conforme previsto na Lei das Estatais;
  • O mercado expressou preocupações sobre a possível abertura para indicações políticas na alta direção da empresa, o que levantou questões sobre a autonomia da Petrobras;
  • A Petrobras esclareceu que a intenção da proposta é alinhar o estatuto com a Lei das Estatais para garantir transparência e eficiência nas empresas públicas;
  • A empresa também informou que vai manter as condições estabelecidas em relação à nomeação de membros da administração e negou que haverá redução nas exigências em relação à Lei das Estatais.

A queda no valor das ações da estatal veio após a Petrobras divulgar que vai propor aos acionistas mudanças no seu estatuto social. A principal proposta é acabar com as proibições para a indicação de administradores, previstas na Lei das Estatais.

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No pregão de segunda, as ações preferenciais (PETR4) caíram 6,61%, fechando a R$ 35,35. Já os papeis ordinários (PETR3) desvalorizaram 6,03%, indo a R$ 38,35.

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Queda das ações da Petrobras

Fachada de prédio da Petrobras
(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O principal receio que permeia o mercado é a possível eliminação de certas restrições relacionadas à nomeação de membros para a alta direção da companhia. Esta perspectiva não foi bem recebida pelos investidores, que temem uma abertura maior para indicações políticas, levantando preocupações sobre a autonomia da empresa.

Em comunicado oficial, a Petrobras esclareceu que a intenção da proposta é alinhar o estatuto com a Lei das Estatais, de número 13.303/2016, uma iniciativa considerada fundamental para garantir a transparência e eficiência nas empresas públicas.

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A petroleira ressaltou ainda que o atual estatuto social já faz referência aos requisitos estabelecidos por essa legislação, mais especificamente no artigo 21. A proposta em pauta mantém todas as condições estabelecidas em relação à nomeação de membros da administração.

A Petrobras enfatizou, em nota, que o objetivo é puramente manter o estatuto social atualizado, independentemente das decisões judiciais que possam surgir sobre o assunto.

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“Não há qualquer redução nas exigências em relação à Lei das Estatais, pois o estatuto social continua a fixar o cumprimento total da Lei das Estatais nas indicações”, concluiu a empresa.