Satélite russo se aproxima de outra espaçonave na órbita da Terra

Empresa de monitoramento detectou manobras realizadas por um satélite russo para se aproximar de outra espaçonave na órbita da Terra
Por Mateus Dias, editado por Flavia Correia 26/10/2023 07h41
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Representação artística de dois satélites se encontrando na órbita da Terra. Crédito: aappp - Shutterstock
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A startup de monitoramento espacial Slingshot Aerospace detectou o satélite russo Luch (Olymp) 2 realizando manobras e se aproximando de outra espaçonave na órbita geoestacionária da Terra. Segundo divulgado pela empresa, a distância entre os equipamentos chegou a 60 km.

Vamos entender:

  • O satélite Luch (Olymp) 2 foi lançado pela Rússia em março de 2023 para uma órbita geoestacionária da Terra;
  • O objetivo era substituir o Luch (Olymp), de 2014, que também ficou conhecido por se aproximar de satélites de outros países;
  • Além destes, em 2020, outros dois satélites russos, o Cosmos-2542 e o Cosmos-2543, se aproximaram do KH-11, uma espaçonave de vigilância militar dos EUA.

Movimentações do satélite russo na órbita da Terra

A Slingshot Aerospace é uma startup cuja missão é monitorar, simular e otimizar os sistemas espaciais utilizando algoritmos de Inteligência Artificial para acompanhar satélites. Uma dessas análises detectou uma manobra sendo realizada pelo Lunch (Olymp) 2, parecida com outras feitas equipamentos russos anteriores.

Conforme observado, o satélite Lunch (Olymp) 2 teria começado suas movimentações no dia 26 de setembro, se deslocando cerca de 1 grau a leste por dia. No dia 2 de outubro, ele reduziu sua velocidade e passou a se movimentar a 0,3 graus por dia até o dia 5, quando realizou múltiplas manobras de aproximação com outra espaçonave (não identificada).

Agora, a startup continua acompanhando o Lunch (Olymp) 2, para observar se haverá outras movimentações. Além disso, a partir de deslocamentos anteriores do satélite, a empresa também traçou possíveis movimentos que podem acontecer e onde ele provavelmente terminará sua deriva atual.

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O comportamento da espaçonave é muito parecido com a conduta do Luch (Olymp), sugerindo que ele está dando continuidade aos seus trabalhos de seu antecessor. Isso pode levar outros países a questionarem por que o satélite russo age dessa forma, assim como aconteceu das outras vezes.

Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.