O James Webb Space Telescope (Telescópio Espacial James Webb, ou JWST), examinou a superfície de Ganimedes, uma das quatro luas de Júpiter — sendo a maior do sistema solar. Se Ganimedes orbitasse o Sol ao invés de Júpiter, poderia ser considerado um planeta.
Essa análise foi guiada por investigadores dos EUA, Europa e Japão, que examinaram a superfície de Ganimedes com os instrumentos NIRSpec e MIRI do JWST.
As descobertas
- Segundo o Phys.org, a lua de Júpiter possui uma estrutura interna diferenciada com núcleo fundido que produz um campo magnético;
- Além disso, ela tem um manto de silício parecido com o da Terra e uma crosta gelada com um oceano profundo submerso abaixo dela — e apresenta atmosfera tênue;
- Ganimedes é maior que Mercúrio e quase tão grande quanto Marte.
“Após observações anteriores, permanecem várias questões em aberto sobre a natureza, a origem e os processos que constituem a atual composição da superfície de Ganimedes”, disseram os autores.
Ganimedes possui dois tipos de terreno na superfície, sendo terrenos claros e regiões mais escuras. Os espaços claros correspondem a dois terços da superfície, enquanto as regiões mais escuras respondem pelo resto, e são mais antigas — possuindo muitas crateras.
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De uma perspectiva observacional, esta investigação do JWST mostrou que as observações concebidas para investigar variações diurnas das propriedades da superfície de Ganimedes podem desvendar processos inesperados.
Relato dos autores
A equipe descobriu que há bastante CO₂ em Ganimedes, mas parece estar preso em outras moléculas. Gelo de água também foi encontrado, mas em formato indefinido. Com a variação de temperatura da lua de Júpiter, os pesquisadores não esperam encontrar gelo puro de CO₂ superfície. Os registros do JWST também apontaram que parte do CO₂ está preso na água gelada, sendo somente 1% em massa — enquanto o restante está preso em diferentes minerais e sais.