James Webb identifica elemento químico raro em galáxia distante

Descoberta do James Webb pode ajudar os cientistas a entender melhor as condições em que elementos químicos raros são criados no Universo
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 28/10/2023 03h40, atualizada em 06/08/2025 09h38
shutterstock_2039716619
Imagem: Jurik Peter/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Através do Telescópio Espacial James Webb, da NASA, astrônomos conseguiram detectar telúrio, um elemento químico raro, após a fusão de duas estrelas de nêutrons a cerca de 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra. O estudo foi publicado na revista Nature. A descoberta pode ajudar os pesquisadores a entender melhor as condições em que elementos químicos raros são criados no Universo.

Leia mais

As estrelas de nêutrons se fundiram em uma quilonova

  • Os cientistas acreditam que as estrelas de nêutrons analisadas pelo James Webb deixaram as suas galáxias com o passar do tempo até chegarem ao local onde foram encontradas.
  • Apesar da movimentação, a dupla continuou ligada gravitacionalmente e se fundiu em um único corpo muitas centenas de milhões de anos depois.
  • Esse fenômeno foi verificado no dia 7 de março deste ano, segundo os cientistas.
  • As informações são da Space.com.
Representação artística do Telescópio Espacial James Webb (Imagem: 24K-Production/Shutterstock)

James Webb encontrou telúrio na nuvem de material ao redor da fusão

De acordo com o estudo, a violenta fusão cósmica, conhecida pelos astrônomos como uma quilonova, provocou uma explosão de raios gama. O brilho foi detectado pela primeira vez pelo observatório espacial Fermi, da NASA, e durou um recorde de 200 segundos. Flashes semelhantes de fusões de estrelas anteriores se difundiram em apenas dois segundos.

A partir da observação, cientistas utilizaram o James Webb para identificar a fonte desse fenômeno. Segundo os pesquisadores, o telescópio espacial ajudou a identificar o telúrio na nuvem de material ao redor da fusão.

A pesquisa ainda destaca que o equipamento é fundamental no trabalho de identificação de outros materiais químicos ainda mais raros no espaço. E que isso ajudará a ciência a ter uma melhor compreensão do Universo.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.