As autoridades sanitárias brasileiras estão em alerta para uma nova onda de casos de dengue no país. A chegada do verão, quando as chuvas aumentam em boa parte do país, acelera a proliferação de larvas do mosquito Aedes aegypti. E neste ano, o número de casos da doença disparou em vários estados, de acordo com o Ministério da Saúde.
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Alerta para o avanço da dengue no Sudeste
A situação no Sudeste é a mais preocupante. Só no Rio de Janeiro, foram registrados mais de 39.369 casos, quatro vezes mais que no ano passado.
Por conta disso, quase duzentos agentes da Vigilância Ambiental em saúde eliminaram focos de dengue em 20 cemitérios na cidade do Rio. A ação promovida pela prefeitura da cidade no fim de outubro pode evitar uma explosão de casos no Dia de Finados.
Os números assustam ainda mais em outros estados. Minas Gerais, que teve quase 90 mil casos no ano passado, registrou agora quase 400 mil. E no Espírito Santo, em 2022 foram apenas 66 casos da doença. Mas em 2023 o número passa de 126 mil.
O Ministério da Saúde afirma que está trabalhando para conter uma possível onda de dengue. As informações são do G1.
A gente está em um momento oportuno para que a gente possa evitar chegar a esse cenário que está sendo prospectado pelos epidemiologistas. Da parte do Ministério da Saúde, a gente vem então atuando nesse momento com o planejamento e intensificação da interação com estados e municípios para que essas unidades estejam preparadas para o aumento de casos que é esperado nesse próximo período ou mesmo essa antecipação que pode acontecer.
Alda da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde

Chegada ao Brasil de um novo mosquito
- Uma das explicações da disparada de casos de dengue no Brasil é a chegada do Aedes albopictus, antes restrito às florestas, nas áreas urbanas em todas as regiões do país.
- Se comparado ao Aedes aegypti, a adaptação do “primo” dele ao aumento da temperatura é maior, e o mosquito é também mais resistente ao frio.
- Por isso, especialistas acreditam que a chegada do novo mosquito ao Brasil pode ser explicada pela crise climática.
- A presença dos dois mosquitos reforça a preocupação com a dengue no país, com a ameaça, em 2024, de uma epidemia pelo sorotipo 3.