A Black Friday tradicionalmente acontece em novembro, aquecendo para as festividades de final de ano. Junto a essa época, os golpes financeiros começam a se intensificar, acompanhando a ânsia das pessoas de fazerem compras que desejam. Este ano, alguns golpes, como o “Golpe da Mão Fantasma”, que já é o segundo mais registrado no Brasil, obrigam o consumidor a ficar ainda mais atento.

Confira alguns tipos de golpes que devem aparecer neste final de ano e como se proteger.

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Golpes de final de ano

Os golpes que vão atingir os consumidores no final de ano já começam a aparecer em setembro para ganhar a confiança do público.

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Uma das principais táticas para atrair compradores é ofertar descontos com senso de urgência (algo como um tempo limitado na promoção), forçando as pessoas a se distraírem na hora de conferir valores, dados do pagamento e links suspeitos.

Isso piora com o Pix, o método mais usado como pagamento no ano passado, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que simplifica as transações.

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golpe acesso remoto bancos
Imagem: Idol Design/Shutterstock

Golpe da Mão Fantasma

  • Um desses golpes, que já é o segundo mais registrado desde janeiro deste ano e mobilizou até o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) a notificar bancos, é o “Golpe da Mão Fantasma”;
  • Ele consiste em táticas de convencimento, seja por ligações, mensagens de phishing ou perfis falsos, para fazer com que pessoas cliquem em links suspeitos;
  • Em alguns casos, os golpes fazem até a pessoa instalar um aplicativo no celular, se passando por uma atualização, por exemplo;
  • A partir do momento que a pessoa acessa o link ou baixa o app, os golpistas ganham acesso remoto ao aparelho da pessoa, podendo entrar no aplicativo do banco e realizar transações;
  • O nome “mão fantasma” se dá porque, enquanto o criminoso faz as movimentações, a pessoa consegue ver tudo pela tela do celular, mas sem conseguir intervir ou retomar o controle.

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Black Friday como não cair na “Black Fraude”
Imagem: PopTika/Shutterstock

Como se prevenir

Guilherme Bacellar, pesquisador de cibersegurança e fraudes da Unico, empresa de identidade digital, destaca que é importante lembrar que os golpistas não ficarão com uma única estratégia, mas estão nas duas pontas: acessando contas dos consumidores e criando lojas falsas.

Ele indica que o consumidor fique atento aos links que clicam, conferindo empresa, procedência e se a loja é real, tendo mais de mil vendas, por exemplo. Essa técnica ajuda a entender o comportamento daquele comércio.

Bacellar ainda indica que os compradores se atentem aos pagamentos via Pix, principalmente por meio de QR Code, checando sempre as informações do pagamento.

Outras dicas envolvem:

  • Desconfiar de e-mails de ofertas de varejistas. Sempre entre no site oficial da loja para ver se a oferta é real ou entre em contato via canais oficiais, como o número disponível no site;
  • Nunca acesse um link enviado pelo WhatsApp. Neste caso, se desconfiar que é real, entre pelo site da loja ou empresa;
  • Desconfie de promoções muito abaixo do normal;
  • Não use senhas simples, como com seu nome nela. Prefira geradores de senhas para códigos mais seguros.

As empresas também podem ajudar no combate aos golpes, por exemplo, tendo controle mais rigoroso na abertura de contas e cadastro para novos vendedores e usando biometria facial para compras e autenticações, inclusive nos sistemas de “clique e retire” para confirmar a titularidade do comprador.