A robótica caminha a passos largos e, cada vez mais, os seres humanos têm a companhia de equipamentos avançados nos mais diversos campos de atuação. No caso dos braços robóticos, um desafio é a limitação de movimentos. Até por questão de segurança, o ideal é que eles não sejam rígidos ou inflexíveis. Pensando nisso, pesquisadores desenvolveram um protótipo inspirado nas trombas de elefante e tentáculos de polvo.

O responsáveis pela criação do dispositivo são cientistas do Instituto de Pesquisa EPFL, na Suíça, e da Universidade de Tecnologia de Delft, da Holanda (TU Delft).

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Para quem tem pressa:

  • Cientistas criaram um novo tipo de braço robótico inspirado em trombas de elefantes e tentáculos de polvo.
  • O motivo, segundo eles, é facilitar a segurança em operação com trabalhadores humanos, já que braços robóticos tradicionais são rígidos e conhecidos pela inflexibilidade.
  • Os pesquisadores acreditam que a tecnologia seria útil em diferentes atividades, como colheita de frutas e outras atividades agrícolas. Outra opção seria usar o braço robótico em linhas de montagem.
  • Apesar de flexível, esse braço robótico consegue proteger seus componentes eletrônicos internos contra impactos.
  • A tecnologia está sendo comercializada pela empresa Helix Robotics.
  • Um artigo científico a respeito publicado na revista NPJ Robotics.
  • As informações são do New Atlas.

Composição do modelo

O modelo é composto por atuadores elétricos que percorrem o seu núcleo, interligados por conectores flexíveis. Em torno desse núcleo, existe uma estrutura de malha aberta, na qual os elementos de polímero são dispostos em uma configuração helicoidal (algo que lembra uma hélice).

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Em outras palavras, através do corte estratégico desses elementos em diferentes partes da estrutura, foi possível ajustar o grau de flexão e deformação em diferentes direções.

Dessa forma, a equipe conseguiu tornar o braço macio e flexível o suficiente para não colocar nenhum ser humano em risco. Ao mesmo tempo, a estrutura consegue proteger seus atuadores e outros componentes eletrônicos internos contra impactos.

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(Imagem:EPFL/Alain Herzog)

Áreas de atuação

Por causa da flexibilidade e da praticidade, os desenvolvedores acreditam que o braço seria ideal para tarefas como colheita de frutas, trabalhos agrícolas, trabalhos em linhas de montagem e até cuidado com idosos.

Quando a nova arquitetura é combinada com a atuação distribuída, — onde múltiplos atuadores são colocados ao longo de uma estrutura ou dispositivo — este braço robótico tem uma ampla gama de movimentos, alta precisão e é inerentemente seguro para interações com seres humanos.

Professora Josie Hughes, da EPFL, e líder do projeto.

A tecnologia do braço está sendo comercializada por meio da empresa global Helix Robotics, do Texas.