Autoridades chinesas recomendaram que a população do norte do país evite fazer atividades ao ar livre em função dos alertas de poluição na região. Mais de 100 milhões de pessoas vivem na área e estão sofrendo com a baixa qualidade do ar.

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População não deve sair de casa

  • Na capital Pequim, as autoridades emitiram na segunda-feira (30) um alerta laranja de poluição, o segundo maior do país.
  • A empresa de monitoramento da qualidade do ar IQAir listou a cidade, nesta terça-feira (31), como a quinta mais poluída do planeta, logo à frente da megalópole indiana Mumbai.
  • Já em várias áreas densamente povoadas da província de Hebei, que circunda a capital chinesa, está em vigor o alerta vermelho.
  • O governo chinês pediu que os habitantes desse locais “reduzam as saídas e os exercícios extenuantes ao ar livre”.
  • Além disso, há limitação no número de veículos que podem transitar nas estradas.
  • Em partes de Hebei, as densas fumaças reduziram a visibilidade para menos de 50 metros.
  • Na cidade vizinha de Tianjin, ao sul de Pequim e onde vivem 15 milhões de pessoas, o departamento meteorológico aconselhou que todas as pessoas que sofram de problemas respiratórios fiquem em casa e usem máscaras se precisarem sair para a rua.
  • As informações são da Phys.org.

Poluição seguirá até o final de semana

Os meteorologistas afirmam que a fumaça, atribuída às “condições meteorológicas desfavoráveis”, permanecerá na região até que as temperaturas caiam no final desta semana.

Caso um alerta vermelho seja emitido também em Pequim, autoridades devem anunciar a redução do tráfego em um esquema de rodízio parecido com o adotado na cidade de São Paulo.

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A capital chinesa declarou “guerra à poluição” depois de vencer a candidatura aos Jogos Olímpicos de Inverno em 2015, fechando dezenas de usinas de carvão e realocando indústrias pesadas. Embora tenha havido melhora nos últimos anos, a qualidade do ar permanece muito abaixo dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A China é o maior emissor mundial dos gases de efeito estufa que impulsionam as mudanças climáticas, como o dióxido de carbono. O Greenpeace disse em abril que o país aprovou um grande aumento na energia a carvão este ano, acusando o governo chinês de priorizar o fornecimento de energia em vez de sua promessa de reduzir as emissões de combustíveis fósseis.

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Este cenário aumenta as preocupações de que a China recue em suas metas de atingir o pico de emissões entre 2026 e 2030 e se torne neutra em carbono até 2060. Isso seria um grande revés na luta contra o aquecimento global.