Cientistas do Google exploram uma nova técnica para monitorar a frequência cardíaca usando fones de ouvido com cancelamento de ruído ativo (ANC). A equipe detalhou, no blog Google Research, o caminho que percorreu.
Para quem tem pressa:
- Cientistas do Google exploram uma nova técnica para monitorar a frequência cardíaca por meio de fones de ouvido com cancelamento de ruído ativo (ANC);
- A técnica utiliza audiopletismografia (APG), que emprega ultrassom para medir os batimentos cardíacos, em contraposição à fotopletismografia (PPG) convencional;
- A abordagem aproveita a reflexão de um sinal de ultrassom de baixa intensidade no canal auditivo, usando o microfone nos fones para detectar variações na superfície da pele à medida que o sangue circula;
- A técnica demonstrou ser “resiliente” mesmo em casos de ajuste inadequado, diferentes tamanhos de canal auditivo ou tons de pele mais escuros, superando desafios enfrentados por dispositivos vestíveis tradicionais;
- O estudo envolveu 153 participantes e obteve uma taxa de erro média de 3,21% para a frequência cardíaca e 2,70% para a variabilidade da frequência cardíaca.
Em resumo, os pesquisadores destrincham, no post, como usaram a audiopletismografia (APG), que emprega ultrassom para medir os batimentos cardíacos, em contraposição à fotopletismografia (PPG) convencional.
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Fones de ouvido e monitoramento cardíaco
![Mulher usando fone de ouvido sem fio do Google](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2023/10/Fone-de-ouvido-sem-fio-1024x576.jpg)
A abordagem aproveita a reflexão de um sinal de ultrassom de baixa intensidade no canal auditivo, utilizando o microfone presente nos fones para detectar as variações na superfície da pele à medida que o sangue circula.
Mesmo em casos de ajuste inadequado, diferentes tamanhos de canal auditivo ou tons de pele mais escuros, a técnica demonstrou ser “resiliente”, segundo a publicação no blog do Google.
O destaque é a capacidade de obter leituras precisas em tons de pele naturalmente mais escuros, uma área que tem sido um desafio para dispositivos vestíveis até o momento (smartwatches, por exemplo).
Os pesquisadores do Google também observaram que a técnica funcionava bem em ambientes com música, mas enfrentava dificuldades em locais ruidosos e em situações de movimento intenso.
Além dos fones de ouvido disponíveis comercialmente, os pesquisadores usaram protótipos feitos especialmente para testar o efeito do posicionamento do microfone.
Resultados da pesquisa do Google
O estudo de campo foi realizado com 153 participantes. Os pesquisadores disseram que a taxa de erro média para a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca foi de 3,21% e 2,70%, respectivamente.
Fones de ouvido para monitoramento da frequência cardíaca existem há algum tempo, mas usam a abordagem PPG e podem ser muito sensíveis a movimentos intensos ou a um encaixe ruim.
No entanto, o estudo não significa que o Google está prestes a lançar fones de ouvido que façam isso (ou atualizar seus Pixel Buds Pro para fazer isso). Ainda assim, sugere as ideias da empresa à medida que ela se esforça mais no campo de dispositivos vestíveis.