Pergaminho com feitiços de 3.500 anos é descoberto com múmias egípcias

Pesquisadores afirmam que o pergaminho egípcio está repleto de feitiços que garantiriam uma viagem segura na vida após a morte
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 02/11/2023 01h00
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Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio
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A civilização egípcia foi uma das mais importantes da antiguidade. E mesmo após milhares de anos a ciência ainda está descobrindo segredos sobre este povo. Uma das descobertas mais recentes foi feita por arqueólogos que escavaram um cemitério de 3.500 anos e encontraram um pergaminho repleto de feitiços para guiar a vida após a morte.

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Feitiços garantiam uma viagem segura na vida após a morte

  • O pergaminho, que foi revelado como parte de uma apresentação dos últimos achados arqueológicos do cemitério de Tuna al-Gebel, no centro do Egito, tem entre 43 e 49 metros de comprimento.
  • Esses “livros” eram um componente importante dos enterros no antigo Egito, e seus ensinamentos eram uma forma de garantir uma viagem segura na vida após a morte.
  • Um exame inicial do material encontrado revelou uma menção ao “Livro dos Mortos”, segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio.
  • As informações são da ScienceAlert.
(Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio)

Outras descobertas foram feitas no mesmo local

O pergaminho não foi o único tesouro encontrado no local, que foi estabelecido durante o Novo Reino que remonta a cerca de 1550 a 1070 a.C. Arqueólogos também acharam múmias, que poderiam ser de altos funcionários, algumas das quais ainda estavam em seus sarcófagos de pedra ornamentados em bom estado de conservação. Entre elas, a múmia de Ta-de-Isa, filha de um sumo sacerdote.

Também foram descobertos raros frascos canópicos feitos de alabastro, usados para armazenar órgãos espiritualmente importantes durante a mumificação, e “milhares” de amuletos.

Encontrar uma cópia do “Livro dos Mortos” não é tão incomum. Mas é muito raro encontrar esse tipo de material ainda na sepultura onde foi enterrado, de acordo com Foy Scalf, egiptólogo da Universidade de Chicago. Ele observou, no entanto, que não foram divulgadas muitas informações sobre o pergaminho, e é difícil saber o quão importante ele é sem uma análise mais aprofundada.

A jornada para a vida após a morte foi considerada bastante difícil, e esse conjunto de instruções, colocadas com os mortos no túmulo, tinha como objetivo ajudar o espírito a encontrar seu caminho até lá. Mas isso só funcionaria se estivesse escrito o nome do morto no pergaminho, o que tornava a confecção destes materiais extremamente cara para a época.

Alguns destes “documentos” foram escritos a partir de um modelo para que o nome do falecido pudesse ser adicionado em um espaço em branco. Mas os mais ricos podiam escolher quais feitiços queriam incluir, tornando esses pergaminhos únicos e ainda mais raros.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.