O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) rejeitou, na segunda-feira (6), a proposta final de acordo da Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que representa os estúdios nos EUA. De acordo com o Deadline, a recusa significa que as negociações podem ser suspensas até janeiro de 2024, prolongando a greve que já ocorre há mais de 110 dias. 

Para quem tem pressa: 

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  • O Sindicato dos Atores se reuniu no fim de semana para debater a proposta dos estúdios; 
  • Após discussões internas, o SAG-AFTRA emitiu um comunicado nas redes sociais destacando que não concordava com diversos pontos, “incluindo os da IA”; 
  • No início deste mês, as partes também tentaram uma conversa sobre o uso da tecnologia, mas sem sucesso; 
  • A AMPTP já tinha indicado que, caso as negociações não fossem concluídas, as conversas ficariam para o próximo ano; 
  • A decisão, se for seguida, impactará ainda mais o cronograma de lançamentos de Hollywood. 

Leia mais! 

Esta manhã, os nossos negociadores responderam formalmente à oferta “Último, Melhor e Final” da AMPTP. Por favor, saibam que todos os membros do nosso Comitê de Negociação de TV/Teatro estão determinados a garantir o acordo certo e, assim, pôr fim a esta greve de forma responsável.

Existem vários itens essenciais sobre os quais ainda não temos acordo, incluindo a IA. Manteremos você informado à medida que os eventos se desenrolarem. 

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Em outubro, enquanto também tentavam uma negociação, a AMPTP afirmou que a distância entre os lados é “muito grande”, sendo a proposta da classe o maior obstáculo para o fim da greve. Para o sindicato, os estúdios utilizam “táticas de intimidação” e abandonaram as negociações sem nem contra-argumentar a última oferta da classe. 

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Além das questões com a IA, outro ponto importante em discussão são os pagamentos de residuais. Vale lembrar que o tema foi o ponto-chave para encerrar a paralisação dos roteiristas.

Oficialmente encerrada no começo do mês de outubro, o sindicato que representa a categoria (WGA) voltou ao trabalho após um acordo que prevê um pagamento de US$ 5 milhões por ano da parte dos estúdios.