A General Motors (GM) e o United Auto Workers (UAW), sindicato dos trabalhadores automotivos dos Estados Unidos, chegaram a um acordo provisório para encerrar a greve da categoria, que já dura seis semanas. Movimento semelhante foi realizado nos últimos dias pelos funcionários da Ford e da Stellantis.

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Aumento salarial de mais de 30%

Assim como os acordos com as outras duas montadoras, o compromisso firmado pela GM terá duração de quatro anos e oito meses e inclui aumentos salariais de 25%, além de reajuste no pagamento de outros benefícios. No total, os ganhos dos funcionários serão superiores a 30%.

O acordo foi alcançado na manhã desta segunda-feira (30) em uma reunião na sede da UAW em Detroit com a presença do presidente do sindicato, Shawn Fain. A General Motors havia chegado perto de um acerto na semana passada, mas as negociações fracassaram e o sindicato aumentou a pressão ao convocar uma greve na maior fábrica da empresa nos Estados Unidos, em Spring Hill, Tennessee, que emprega cerca de quatro mil trabalhadores.

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Agora, os cerca de 18 mil trabalhadores sindicalizados da empresa que estavam de braços cruzados aguardam a ratificação do acordo para voltar ao trabalho. As informações são do El País.

Greve dos funcionários de montadoras nos EUA (Imagem: TravelEatShoot/Shutterstock)

Entenda a greve das montadoras

  • A greve dos funcionários das montadoras começou no dia 15 de setembro e se tornou a maior da história da indústria automotiva estadunidense.
  • Segundo o Automotive News, a paralisação custou mais US$ 800 milhões (R$ 3,99 bilhões, na conversão direta) aos cofres da GM.
  • Alguns analistas apontam estamos vivendo a maior transformação tecnológica desde o início da linha de montagem de Henry Ford, no início do século 20.
  • A greve ocorre no momento em que as montadoras tradicionais investem bilhões para desenvolver veículos elétricos, enquanto ainda ganham a maior parte de seu dinheiro com carros movidos a gasolina.
  • As empresas tentam defender seu lugar no mercado diante da forte concorrência da Tesla e de empresas estrangeiras, especialmente chinesas.
  • Já os grevistas exigem aumento salarial e buscam a manutenção dos empregos à medida em que os motores de combustão interna estão sendo substituídos por baterias.
  • Por terem menos peças, os carros elétricos podem ser produzidos por menos funcionários, o que cria um temor em relação à futuras demissões de empregados.