IA: Microsoft vai ajudar políticos a se protegerem contra deepfakes

Com as eleições presidenciais dos EUA e de outros países chegando em 2024, o poder de manipulação das deepfakes de IA preocupa
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 08/11/2023 16h38
Microsoft
(Imagem: The Art of Pics/Shutterstock)
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A Microsoft entrou na luta contra a desinformação promovida pela IA. Na terça-feira (07), a big tech anunciou que vai oferecer serviços para a proteção de candidatos e campanhas eleitorais contra deepfakes antes das eleições de 2024 nos Estados Unidos. Um dos recursos será uma marca d’água permanente, que inclui informações da data, procedência e autoria de uma imagem, para que ela não possa ser manipulada.

O anúncio foi feito através de uma postagem de blog, de coautoria de Brad Smith, presidente da Microsoft, e Teresa Hutson, vice-presidente corporativa de Tecnologia para Direitos Fundamentais.

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Contexto

O anúncio da Microsoft vem em meio a uma crescente preocupação com o potencial da IA para manipular imagens, vídeos e outros tipos de conteúdo, possivelmente afetando as eleições do ano que vem.

A tecnologia, inclusive, já protagonizou alguns casos desse tipo, como quando uma imagem manipulada mostrou o então presidente Donald Trump abraçando Anthony Fauci, conselheiro médico dos Estados Unidos durante a pandemia da Covid-19. Outro caso foi quando o Partido Republicano dos EUA veiculou um vídeo mostrando o país em um cenário apocalíptico caso Joe Biden vencesse a disputa presidencial pela reeleição.

Print de vídeo contra reeleição de Joe Biden nos EUA
Vídeo com “Biden IA” levantou questões preocupantes sobre deepfakes em campanhas políticas (Imagem: Reprodução/YouTube)

Microsoft contra deepfakes de IA

  • No post de blog, os executivos da Microsoft declararam que a empresa vai oferecer serviços para proteger a integridade eleitoral com o objetivo de ajudar os candidatos a se protegerem da desinformação e manipulação.
  • Um dos recursos será uma marca d’água desenvolvida pela Coalition for Content Provenance Authenticity’s (C2PA), que permite anexar informações relacionadas à origem da imagem para que ela não seja tirada de contexto.
  • Quem desenvolverá a ferramenta para a Microsoft será a equipe Azure.
  • De acordo com o site The Verge, o recurso será lançado na primavera dos Estados Unidos no ano que vem, que vai de março a maio, e disponibilizado inicialmente apenas para campanhas políticas.
  • Ainda, a empresa formou uma equipe que apoia essas campanhas políticas para fortalecer a proteção cibernética em relação à IA.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.