Sete anos atrás, cientistas da Universidade de Bristol (Reino Unido) anunciaram o desenvolvimento de protótipo para transformar resíduos nucleares em diamantes, possivelmente solucionando parte do problema de armazenamento desses resíduos e oferecendo fonte de energia mais eficiente.

Essa descoberta deu origem à empresa Arkenlight, porém, agora, enfrenta concorrência da NDB, que tem ambições ainda maiores.

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Usinas nucleares produzem diversos isótopos radioativos e a tentativa de utilizá-los como combustível para reatores mostrou-se mais difícil e cara do que o esperado. Um desses isótopos problemáticos é o carbono-14, cuja meia-vida é de mais de 5,7 mil anos. Porém, tanto a Arkenlight quanto a NDB vislumbram a possibilidade de converter esse resíduo em diamantes para serem usados como baterias de longa duração.

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Arkenlight: aplicações em locais de difícil substituição de baterias

  • A ideia inicial da equipe da Arkenlight foi utilizar as baterias de diamante em situações em que a substituição da bateria é extremamente difícil, como em monitores de vulcões ou debaixo do oceano;
  • Além disso, eles também propõem o uso dessas baterias para monitorar o interior de locais de armazenamento de resíduos nucleares;
  • A empresa está constantemente buscando melhorias, como substituir o níquel-63 pelo carbono-14, que possui maior durabilidade;
  • E, surpreendentemente, eles até cogitam a possibilidade de usar essas baterias no cérebro para alimentar neurônios artificiais;
  • No entanto, todas essas aplicações são voltadas para o uso de pequenas quantidades de energia.

NDB: baterias de diamante com ampla aplicação

  • A NDB, por outro lado, afirma ter avançado na pesquisa original, utilizando microdiamantes ao redor da fonte de radiação para remover o calor e aumentar a segurança;
  • Além disso, eles afirmam que estão utilizando diversos radioisótopos, não se limitando apenas ao carbono-14;
  • No entanto, há dúvidas sobre a viabilidade das aplicações propostas pela NDB, como substituir baterias de íon de lítio em carros e dispositivos móveis;
  • A empresa também oferece seus produtos como solução para fornecer energia a centros de dados em casos de interrupções externas.

Contudo, há problema fundamental, segundo o IFL Science: se o isótopo utilizado tiver meia-vida longa, como o carbono-14, a quantidade de energia gerada será tão pequena que alimentar um smartphone se torna improvável e um carro seria inviável, mesmo com milhares de baterias.

Já isótopos com meia-vida curta podem gerar energia inicialmente maior, mas ela diminuirá rapidamente e não será fácil de recarregar, ao contrário das baterias atuais. A NDB ainda não explicou como resolver esse problema.

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Apesar das dúvidas, algumas fontes acreditam que a NDB pode ser a próxima grande inovação em armazenamento de energia, porém, é melhor não criar expectativas exageradas antes que todas as questões sejam esclarecidas.