Google vai adicionar marca d’água de áudio em músicas geradas por IA

Google DeepMind anunciou uma IA generativa dedicada a criar músicas e, com ela, uma marca d'água que ajuda a detectar a sua origem
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 17/11/2023 16h38
Logo do Google DeepMind ao lado de uma ilustração de um processador
(Imagem: Photo For Everything/ Shutterstock)
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A DeepMind, empresa de IA da Alphabet, mesma controladora do Google, lançou na quarta-feira (16) uma ferramenta que usa IA generativa para criar músicas no YouTube. No mesmo dia, a empresa anunciou que também lançará um recurso de marca d’água em áudio para esses conteúdos, que seria incorporado nas canções, mas não seria detectado pelo ouvido humano.

Leia mais:

Lyria e Dream Track

Lyria é a IA generativa do Google usada para criar músicas a partir de instruções em palavras ou voz. Ela foi anunciada junto de um recurso para sonorizar vídeos curtos no YouTube Shorts, o Dream Track.

Com isso, o plano da empresa é recriar instrumentos, batidas, sons sintetizados e vozes usando apenas a tecnologia, formando uma canção completa.

O Olhar Digital já falou mais sobre o assunto aqui.

Confira um exemplo prático no vídeo abaixo:

Marca d’água na IA para músicas

  • Além da IA para músicas, o Google DeepMind anunciou que as faixas feitas com a tecnologia receberão uma marca d’água do SynthID (empresa que realiza essas marcações) para que as pessoas possam identificar suas origens.
  • Em seu blog, a empresa disse que o selo não deve ser detectável ao ouvido humano e “não compromete a experiência auditiva”.
  • Além disso, a marca d’água ainda permanecerá na canção mesmo que ela seja comprimida, acelerada ou editada de qualquer forma.
  • Essas marcações para identificar a procedência de um conteúdo estão se popularizando entre as empresas do setor, mas ainda não são vistas como uma solução total para o problema da IA generativa.
  • Como exemplo disso, a marca d’água do Google DeepMind não é infalível e pode haver “manipulações extremas de imagem”.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.