É possível que, durante algum tempo, a única estação espacial em operação na órbita baixa da Terra seja a chinesa Tiangong. A NASA acaba de admitir a possibilidade de desativação da Estação Espacial Internacional (ISS) mesmo sem que haja outra estrutura disponível para substituí-la. Segundo a agência, tal brecha temporária não seria catastrófica.

Existem algumas parcerias em andamento com empresas privadas, como a Axiom Space, a Blue Origin e a Voyager Space, para a construção, lançamento e administração de um novo laboratório orbital de caráter colaborativo, como é a ISS. 

publicidade
Orbital Reff, a estação espacial projetada pela Blue Origin para substituir da ISS. Crédito: Blue Origin/Reprodução

A questão é que esses projetos podem não ser concluídos até 2030, prazo final que a NASA estabeleceu para funcionamento do complexo orbital ininterruptamente ocupado desde 2 de novembro de 2000.

Em uma reunião realizada na segunda-feira (20) pelo Conselho Consultivo da NASA, Phil McAlister, Diretor da Divisão Comercial de Espaço da agência, admitiu a possibilidade de estender a vida útil da ISS, mas ressaltou que o plano atual é aposentá-la no fim desta década.

publicidade

Leia mais:

NASA garante transição suave entre a ISS e uma nova estação espacial

McAlister reconheceu que uma lacuna na presença humana na órbita baixa seria indesejável, mas não irrecuperável. Para minimizar o impacto de um eventual intervalo, ele sugeriu algumas opções:

publicidade
  • Espaçonaves comerciais, como as cápsulas Crew Dragon, da SpaceX, e a Starliner, da Boeing, podem transportar equipamentos adicionais para missões curtas de até 10 dias focadas em pesquisas significativas;
  • Outros veículos em desenvolvimento, como o foguete Starship da SpaceX, o Dream Chaser, da Sierra Space, além de uma alternativa da Blue Origin, também poderiam contribuir guardadas as devidas proporções.

A transição entre a ISS e as estações comerciais vai exigir um planejamento cuidadoso e coordenação entre programas, incluindo planos de contingência caso as estações não estejam prontas a tempo.

Na reunião, Robyn Gatens, diretora da ISS na sede da NASA, disse que há alguma “flexibilidade de cronograma” para a transição, que dependerá tanto da prontidão das estações espaciais comerciais quanto da disponibilidade de um veículo de desórbita para a ISS.

publicidade

Apesar dos desafios e incertezas, a NASA se diz empenhada em garantir uma transição suave, fazendo o que for possível para manter uma presença humana na órbita baixa da Terra, “visando o benefício da humanidade”.

Informações do site SpaceNews.