Um grupo de arqueólogos acredita ter encontrado um mosteiro perdido na Escócia procurado já há muito tempo. A descoberta do local é importante por acreditar-se ter sido onde o mais antigo texto em gaélico escocês foi escrito.
- O local, conhecido como Mosteiro dos Cervos, foi encontrado a cerca de 80 metros da Abadia de Derr, perto da aldeia de Mintlaw, em Aberdeenshire, no norte da Escócia;
- Os arqueólogos já suspeitavam que a região abrigasse as ruínas do antigo mosteiro e a pesquisa no sítio realizada em 2022, revelou que eles estavam corretos;
- No local foram encontrados cerâmicas medievais, fragmentos de vidro, um estilete usado para escrever e tabuleiros de hnefatafl, também chamado de xadrez viking.
Livro do Cervos e o mosteiro
As pesquisas sobre a localização da construção foram apoiadas pelo Projeto Livro do Cervos. Esse livro contém os primeiros registros já encontrados do gaélico escocês, escritos nos séculos 11 e 12 d.C. Esses textos são concessões de terras gaélicas e foram posteriormente adicionados às margens do Livro dos Cervos, um manuscrito de bolso evangelístico que foi originalmente escrito entre 850 e 1000 dC.
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Em comunicado, Alice Jaspars, colíder das investigações arqueológicas, apontou que não se sabe onde o livro foi escrito originalmente, mas acredita-se que o gaélico escocês em suas margens foi adicionado no Mosteiro dos Cervos.
Esses adendos incluem referência à fundação do mosteiro, juntamente com outras concessões de terras no Nordeste da Escócia. Acreditamos agora que em nossa escavação de 2022, encontramos o mosteiro perdido onde estes foram escritos.
Alice Jaspars
Os buracos onde ficavam vigas do mosteiro passaram por datação de carbono e revelou que eles são do mesmo período em que o Livro dos Cervos aponta terem acontecido essas concessões.
Essas recentes investigações contaram com o financiamento do National Lottery Heritage Fund e contou com a ajuda de voluntários que foram essenciais para o trabalho. Além disso, a descoberta coincidiu com o retorno do Livro do Cervos para a Escócia pela primeira vez em mil anos. Antes disso, ele estava emprestado para a Biblioteca da Universidade de Cambridge e exposto na Galeria de Arte e Museus de Aberdeen.
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