O estado de São Paulo enfrenta uma alta de casos de Escarlatina, doença infecciosa e contagiosa que costuma ocorrer em crianças menores de 10 anos. De acordo com dados da secretaria estadual de Saúde, foram 31 surtos só este ano, um número significativo se comparado a 2022, com apenas 4 surtos. 

O que você precisa saber: 

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  • Em 2021 houve apenas 1 surto de Escarlatina e em 2020 nenhum, conforme relatou a Secretaria de Estado da Saúde, em balanço divulgado na quinta-feira (23); 
  • Especialistas apontam que, embora alguns surtos da doença sejam comuns durante a primavera, o atual boom pode ser atrelado à pandemia da Covid-19; 
  • Não houve registros de óbitos em decorrência dessas infecções ao longo de todos os anos. 

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De acordo com o Globo, o aumento dos casos de Escarlatina chega após um longo período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19. O afastamento, no entanto, pode ter enfraquecido o sistema imunológico das crianças para a bactéria responsável pela doença: a Estreptococo do tipo A, a mesma que causa amidalite, artrite, pneumonia, endocardite, impetigo e erisipela. 

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Com o total relaxamento das medidas de distanciamento e máscaras, a infecção voltou a circular com mais potência. Vale pontuar que o fenômeno pós-pandêmico não afeta somente o Brasil, mas também a Europa. 

Em nota, o governo do estado informou que “a escarlatina é uma doença cíclica, podendo ter períodos com mais casos e outros com menos casos. Por ser uma doença respiratória, esta época do ano, em que há variações de temperatura, favorece a transmissão, principalmente entre crianças”. 

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Escarlatina: devo me preocupar? 

Segundo infectologistas, não há motivo para desespero. De acordo com informações do portal do Dr. Dráuzio Varella, o tratamento é bem simples, com base em antibióticos, analgésicos e antitérmicos. 

A transmissão da Escarlatina ocorre pelo contato direto com a saliva ou a secreção nasal de pessoas doentes, ou aquelas que são portadoras da bactéria, mas não apresentam sinais da enfermidade. 

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Entre os sintomas estão: febre alta, dor de garganta, mal-estar, dores no corpo (incluindo barriga), náuseas e vômitos e, as características principais — manchas vermelhas pelo corpo e língua inchada com aspecto de framboesa. 

No geral, o quadro clínico dura por uma semana e, com tratamento (que dura cerca de 10 dias), não costuma evoluir para quadros graves. Vale destacar, no entanto, que é imprescindível a ida ao médico assim que constatado os sintomas. 

Cabe adicionar que, quando contaminada, as manchas vermelhas pelo corpo podem coçar, assim, o ideal é manter as unhas das crianças curtas para não ferir a pele.

Como proteger meu filho (a) da Escarlatina? 

Se tratando de crianças, o esforço contra a escarlatina deve ser conjunto entre pais e escola.

No caso dos pais, a melhor forma de prevenir a doença é evitar o contato da criança com pessoas infectadas. Assim, com períodos de surtos, o melhor é: não dividir talheres, copos e brinquedos e não entrar em contato com indivíduos contaminados (isso inclui beijos, toque de mãos, abraços, etc.).

Importante ressaltar que crianças com escarlatina também não devem ir à escola — primeiro pela disseminação da doença, segundo porque ela deve manter repouso e ter uma alimentação leve e balanceada. 

As orientações também servem para a escola, que deve se manter atenta aos alunos que apresentarem sinais de mal-estar, febre, etc.