Mistério de antiga estátua egípcia pode ter sido resolvido

Arqueólogos podem ter desvendado como antigos artefatos egípcios foram parar nas dependências de uma escola 
Por Gabriel Sérvio, editado por Bruno Capozzi 27/11/2023 16h00, atualizada em 27/11/2023 16h29
Uma cabeça de estátua de arenito vermelho de quase 4.000 anos foi desenterrada na Escócia em 1952.
Uma cabeça de estátua de arenito vermelho de quase 4.000 anos foi desenterrada na Escócia em 1952. Imagem: National Museums Scotland
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Nos anos 1950, um estudante escocês desenterrava batata na escola quando acabou se deparando com algo no mínimo inesperado: uma antiga estátua egípcia.

O artefato foi o primeiro de muitos encontrados no mesmo terreno. Agora, mais de 70 anos depois, pesquisadores finalmente descobriram como os artefatos foram parar na Escócia.

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O que aconteceu

  • De 1952 a 1984, muitas estátuas antigas foram encontradas em Melville House — um edifício usado como internato. 
  • Professores e alunos levavam cada nova descoberta a curadores e especialistas, que identificavam as estátuas como artefatos egípcios antigos. Mas ninguém conseguia descobrir como eles foram para ali.
  • A coleção inclui uma cabeça de estátua de quase 4.000 anos esculpida em arenito vermelho descrita por especialistas como uma obra-prima egípcia, bem como estatuetas de bronze e cerâmica datadas entre 1069 aC e 30 aC.

No total, 18 artefatos foram encontrados enterrados ao redor de Melville House, no condado de Fife, na Escócia. Os únicos do tipo no país. Agora, pela primeira vez, pesquisadores dizem que desvendaram a história de como eles chegaram à propriedade.

A coleção de artefatos egípcios descobertos em uma escola na Escócia. Imagem: National Museums Scotland

Fim do mistério?

Pesquisadores dizem que os objetos foram trazidos até lá por Alexander Leslie-Melville, um jovem lorde da Melville House que viajou ao Egito em 1856 e morreu um ano depois do retorno ao Reino Unido

Alexander pode ter adquirido a coleção em suas viagens, já que antiquários costumavam vender artefatos antigos a estrangeiros durante esse período, segundo o comunicado oficial. Após sua morte, os familiares provavelmente levaram os objetos para um anexo, que mais tarde foi demolido com a coleção dentro. 

“Foi um desafio emocionante pesquisar e identificar uma gama tão diversificada de artefatos.” A “fascinante história” de como os objetos egípcios apareceram na Melville House contém “mistérios que talvez nunca sejam resolvidos”, diz Elizabeth Goring, ex-curadora do Royal Scottish Museum em Edimburgo, Escócia (agora Museu Nacional da Escócia). 

As informações são do Iflscience. Já a história dos artefatos encontrados será publicada na revista Proceedings of the Society of Antiquaries of Scotland.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.