Nos anos 1950, um estudante escocês desenterrava batata na escola quando acabou se deparando com algo no mínimo inesperado: uma antiga estátua egípcia.

O artefato foi o primeiro de muitos encontrados no mesmo terreno. Agora, mais de 70 anos depois, pesquisadores finalmente descobriram como os artefatos foram parar na Escócia.

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O que aconteceu

  • De 1952 a 1984, muitas estátuas antigas foram encontradas em Melville House — um edifício usado como internato. 
  • Professores e alunos levavam cada nova descoberta a curadores e especialistas, que identificavam as estátuas como artefatos egípcios antigos. Mas ninguém conseguia descobrir como eles foram para ali.
  • A coleção inclui uma cabeça de estátua de quase 4.000 anos esculpida em arenito vermelho descrita por especialistas como uma obra-prima egípcia, bem como estatuetas de bronze e cerâmica datadas entre 1069 aC e 30 aC.

No total, 18 artefatos foram encontrados enterrados ao redor de Melville House, no condado de Fife, na Escócia. Os únicos do tipo no país. Agora, pela primeira vez, pesquisadores dizem que desvendaram a história de como eles chegaram à propriedade.

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A coleção de artefatos egípcios descobertos em uma escola na Escócia. Imagem: National Museums Scotland

Fim do mistério?

Pesquisadores dizem que os objetos foram trazidos até lá por Alexander Leslie-Melville, um jovem lorde da Melville House que viajou ao Egito em 1856 e morreu um ano depois do retorno ao Reino Unido

Alexander pode ter adquirido a coleção em suas viagens, já que antiquários costumavam vender artefatos antigos a estrangeiros durante esse período, segundo o comunicado oficial. Após sua morte, os familiares provavelmente levaram os objetos para um anexo, que mais tarde foi demolido com a coleção dentro. 

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“Foi um desafio emocionante pesquisar e identificar uma gama tão diversificada de artefatos.” A “fascinante história” de como os objetos egípcios apareceram na Melville House contém “mistérios que talvez nunca sejam resolvidos”, diz Elizabeth Goring, ex-curadora do Royal Scottish Museum em Edimburgo, Escócia (agora Museu Nacional da Escócia). 

As informações são do Iflscience. Já a história dos artefatos encontrados será publicada na revista Proceedings of the Society of Antiquaries of Scotland.