Siga o Olhar Digital no Google Discover
As grandes empresas de tecnologia, as chamadas Big techs, são alvo de mais uma disputa na Justiça. Dessa vez, elas são acusadas de expor conscientemente crianças a conteúdos e produtos considerados prejudiciais nas redes sociais. Centenas de famílias dos Estados Unidos ingressaram com a ação, uma das maiores ações já registradas no Vale do Silício.
Leia mais
- Pais acusam algoritmo do TikTok de contribuir para suicídio da filha; entenda
- Redes sociais poderão ser punidas por facilitar abuso infantil na Califórnia
- Celular em sala de aula? Redes sociais levarão processo por “indisciplina” dos alunos
Morte de jovem motiva processo
- O processo foi movido contra o TikTok, Google, Snap Inc. (dona do Snapchat) e Meta, empresa proprietária de Facebook e Instagram.
- Os advogados das famílias acreditam que um caso específico serve como exemplo dos potenciais danos enfrentados pelos adolescentes relacionados ao uso das redes sociais.
- A adolescente britânica Molly Russell, de 14 anos, morava no noroeste de Londres, na Inglaterra, e tirou a própria vida após ser exposta a conteúdos com tom negativo e depressivo no Instagram.
- Uma investigação concluiu que ela morreu “sofrendo de depressão e dos efeitos negativos do conteúdo online”.
- O nome de Russell é mencionado dezenas de vezes na ação apresentada ao tribunal na Califórnia.
- As informações são do G1.

Redes sociais rebatem acusações
Na semana passada, as famílias envolvidas no novo processo comemoraram a decisão de uma juíza federal que alegou que as empresas não poderiam usar a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos — que protege a liberdade de expressão — para bloquear a ação judicial.
A juíza Gonzalez Rogers também decidiu que a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que afirma que as plataformas não são editoras, não dava às empresas proteção total.
A juíza considerou que, por exemplo, a falta de verificação “robusta” da idade dos usuários e os fracos controles parentais, como argumentam as famílias, não são questões de liberdade de expressão.
As empresas afirmam que as alegações não são verdadeiras. A Meta publicou uma declaração em que afirma que está trabalhando para fornecer experiências online seguras e de apoio aos adolescentes. O Google também disse atuar nesse sentido.
Já o Snapchat destacou que a plataforma “foi projetada para eliminar a pressão de ser perfeito”. O TikTok se recusou a comentar sobre a ação.