Como funcionam CPAP e BiPAP, aparelhos de apneia do sono?

Tecnologias abduzem o ar do ambiente e o enviam às vias aéreas para abrir a passagem de ar e permitir a respiração; entenda
Por Wagner Edwards, editado por Bruno Ignacio de Lima 28/11/2023 21h20, atualizada em 07/12/2023 13h55
CPAP na apneia do sono
Divulgação: CPAPS
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A apneia é um distúrbio do sono causado pelo bloqueio da passagem de ar durante o sono, o que causa uma leve ou moderada parada respiratória no corpo humano. Para resolver o problema, algumas tecnologias foram lançadas no mercado, capazes de facilitar a respiração e combater o bloqueio das vias respiratórias. A seguir, confira como funcionam o CPAP e BiPAP: máquinas utilizadas para tratar a apneia do sono.

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O que são e como funcionam as tecnologias CPAP e BiPAP para tratar a apneia do sono?

apneia do sono
Ilustração do quadro de apneia do sono: o ar tenta entrar pelas vias aéreas, mas não consegue em virtude de um bloqueio (Imagem: shutterstock/Axel_Kock)

De forma geral, a parada respiratória se dá quando o corpo não recebe oxigenação o bastante e entra em crise. Quando isso ocorre durante o sono, em razão de um bloqueio que impede a passagem do ar de chegar ao aparelho respiratório, é chamado de apneia do sono. Há diferentes causas para o problema e, por isso, o médico deve ser consultado.

Em virtude desse problema, diferentes empresas que desenvolvem tecnologias de uso médico criaram aparelhos que revertam o quadro da apneia, garantindo um sono tranquilo e com boa respiração. Dentre as tecnologias mais famosas, encontram-se o CPAP e BiPAP.

1 - CPAP, tecnologia para apneia do sono
Aparelho CPAP (Divulgação: CPAP Med)

CPAP é uma sigla inglesa para Continuous Positive Airway Pressure (algo como “Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas”, em tradução livre), um aparelho parecido com os de nebulização. Há diferentes modelos dele, com diferentes máscaras, para diferentes casos de apneia; contudo, seu funcionamento básico consiste no seguinte: ele abduz o ar do ambiente por meio de uma turbina, o pressuriza, e o envia por meio de um tubo até a máscara no rosto do paciente.

Esse ar pressurizado é enviado diretamente para a passagem de ar na parte posterior da garganta, mantendo a via aérea aberta constantemente, o que a impede de fechar e causar a apneia. É quase como se a nossa respiração dependesse de uma “porta aberta” e o aparelho a impedisse de fechar, o que ocasionaria uma parada respiratória. Ele funciona porque manda lufadas de ar que aplicam pressão nesta “porta”, mantendo-a aberta.

2 - BiPAP, tecnologia para apneia do sono
Aparelho BiPAP (Divulgação: Quallys)

Já o BiPAP designa Bilevel Positive Airway Pressure (“Pressão Positiva em Dois Níveis nas Vias Aéreas”, em tradução livre) e costuma ser indicado para casos mais severos de apneia do sono. Ele funciona de forma muito similar ao anterior, porém, como o próprio nome indica, detém dois níveis de ação: o BiPAP age nas fases de inspiração e expiração durante o sono. Enquanto o CPAP mantém um nível contínuo de pressão de ar, independentemente da fase da respiração, o BiPAP permite que o usuário altere o nível de funcionamento, o que modifica o fluxo de ar para se adequar às diferentes fases (inspiração e expiração).

A indicação do uso para cada aparelho vai depender do problema exato que o paciente tem, o qual deve ser investigado e analisado pelo médico. Algumas pessoas precisam da utilização de uma máquina apenas durante o sono, enquanto outras detém um comprometimento crônico ou progressivo na respiração e precisam fazer o uso contínuo do aparelho (24 horas por dia).

O preço entre ambas as tecnologias varia muito, considerando que há muitos modelos e com diferentes usos, mas o CPAP costuma ser mais barato que o BiPAP. Isso porque este último possui mais recursos tecnológicos e pode ser utilizado para doenças mais severas para além da apneia do sono.

Wagner Edwards
Editor(a) SEO

Wagner Edwards é Bacharel em Jornalismo e atua como Analista de SEO e de Conteúdo no Olhar Digital. Possui experiência, também, na redação, edição e produção de textos para notícias e reportagens.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.