A cúpula da Organização das Nações Unidades (ONU) sobre o clima (COP28) começa nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e deve discutir novos compromissos para limitar o aumento da temperatura global. O presidente do evento, o sultão al-Jaber, assumiu o cargo sob controvérsias. Nesta segunda-feira (29), afirmou que, para ele, é possível concretizar um acordo para limitar o aquecimento global em 1,5 °C, até com a Arábia Saudita assumindo compromissos.

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COP28 e aquecimento global

Mais de 70 mil delegados participarão dos 15 dias da COP28, que este ano foi organizada pelos Emirados Árabes Unidos.

No entanto, depois de controvérsias no comando dessa edição (mais informações abaixo), há uma incerteza generalizada: é realmente possível chegar a acordos resultados significativos? A desconfiança é que a cúpula seja utilizada para favorecer negócios com empresas petrolíferas do país-sede.

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Não é assim que o presidente da COP28, al-Jaber, vê a edição. Em entrevista ao jornal The Guardian, o sultão revelou que está “cautelosamente otimista” e que espera chegar em resultados positivos em relação à limitação de emissões e aquecimento global.

Inclusive, ele disse acreditar que é possível limitar a temperatura global a um aumento de 1,5°C até 2030 e que a Arábia Saudita também poderia ter parte nisso. Contextualizando, a Arábia Saudita é considerada um país pouco empreendedor para alcanças metas climáticas.

ONU
Imagem: shutterstoock/Diego Grandi

Polêmicas na presidência

  • A desconfiança com a COP28 gira em torno do presidente da edição: al-Jaber é presidente executivo da Adnoc, a petrolífera nacional dos Emirados Árabes Unidos, e há ressalvas que a liderança dele seja um conflito de interesses.
  • Além disso, a Arábia Saudita não costuma demonstrar compromissos com as metas climáticas da ONU.
  • Jaber não concorda e, em entrevista, disse que sua liderança ajudará a envolver outros produtores de petróleo da região e do mundo, como os Estados Unidos, nas iniciativas.
  • Sobre a Arábia Saudita, ele deu a entender que, após as preparações para a COP28, o governo estaria disposto e receptivo a aderir às ações propostas.
  • Ainda, o presidente pediu que os países mais ricos “não atrasem o acordo até os últimos dias”, algo que aconteceu na COP27 e deixou os países em desenvolvimento em desvantagem na negociação.
  • “Quanto mais cedo se abrirem, se envolverem e colaborarem, mais será alcançado”, afirmou.