Que os icebergs se desprendem de calotas polares e se movem, podendo impactar o ecossistema marítimo e até a navegação, não é segredo. Porém, se antes era difícil rastreá-los e monitorar suas atividades, a IA vai servir como solução.

Um novo modelo de aprendizado de máquina será usado para entender como esses grandes blocos de gelo se movem e impactam o meio ambiente.

publicidade

Leia mais:

Icebergs e suas consequências

O desprendimento dos icebergs das calotas polares não é de hoje e há um exemplo historicamente famoso de como isso pode afetar a navegação.

publicidade

No entanto, para além de afundar navios, o derretimento de blocos de gelo na Antártica libera água doce e fria nas águas do Ártico, com nutrientes que podem alterar a ecologia local. Além disso, os componentes do iceberg mudam como a dinâmica oceânica do local funciona, aumentando o gelo e até o nível do mar globalmente.

Segundo o site New Atlas, o problema disso é que os blocos de gelo se movem desordenadamente e é quase impossível de identificar qual trajetória ele irá tomar, muito menos rastreá-lo.

publicidade

Recentemente, inclusive, um iceberg com quase o dobro do tamanho da cidade de São Paulo se desprendeu do fundo do mar depois de quase 40 anos e está flutuando sem rumo.

A paisagem foi descoberta abaixo da espessa camada de gelo da Antártica
Não é de hoje que icebergs estão se desprendendo de calotas polares (Crédito: Lua Carlos Martins/ Shutterstock)

Soluções

  • Para resolver esse problema, um grupo de cientistas financiados pelo Instituto Alan Turing está usando o Radar de Abertura Sintética dos satélites Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia.
  • Eles podem monitorar icebergs sem parar, em qualquer condição climática.
  • Essa possibilidade não é nova: a novidade é que as imagens coletadas serão analisadas por um algoritmo de IA treinado para analisar leituras a partir de imagens de outubro de 2019 a setembro de 2020.
  • São mais de 30 mil icebergs com cerca de 1 km² na Baía do Mar de Amundsen, no oeste da Antártica e na frente de uma geleira em desintegração.
  • A esperança é que, com a IA, seja possível rastrear os icebergs e entender melhor como eles funcionam, como interagem com o ambiente ao redor e como alteram a dinâmica dos oceanos.