Enfrentar o trânsito diário de grandes centros urbanos já é estressante por si só, seja devido à preocupação com um provável atraso ou por um possível desentendimento. Esses fatores são suficientes para causar um aumento considerável na pressão sanguínea. Porém, existe outro fator, que talvez a maioria das pessoas nem tenha cogitada: a poluição.

A Universidade de Washington (UW), conduziu uma pesquisa que revelou que a qualidade do ar presente no tráfego está ligada ao aumento da pressão arterial.

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Os efeitos da poluição do trânsito:

  • Segundo a pesquisa, respirar o ar presente no trânsito pode aumentar em 4,5 mm Hg a pressão arterial.
  • Isso equivale à pressão de alguém que segue uma dieta rica em sódio.
  • Após apenas 1 hora de exposição à poluição, o aumento da pressão atingiu seu pico.
  • Os efeitos na pressão sanguínea permaneceram presentes de 1 hora até um dia após a exposição.

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Como foi conduzida a pesquisa?

A equipe de pesquisa acompanhou 16 passageiros durante o horário de pico nas ruas de Seattle, cidade do estado de Washington, Estados Unidos.

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Por três dias, os cientistas mediram o impacto da poluição na pressão sanguínea dos voluntários. Em dois deles, o ar entrava livremente pelo carro. Enquanto no terceiro, o veículo foi equipado com um filtro de partículas de ar de alta eficiência (HEPA), que bloqueou 86% das partículas de poluição.

Foram 14 testes de pressão coletados um dia antes, durante e depois da viagem. Além disso, a equipe também mediu os equivalentes arteriolares centrais da retina (CRAEs), o diâmetro da artéria braquial e a expressão gênica.

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Pressão aumenta mesmo com níveis baixo de poluição

A poluição do ar do tráfego contém partículas ultrafinas, muito pequenas, que parecem estar associadas a problemas de saúde. Nos testes, essas partículas estavam em níveis baixos. Inclusive, o uso de filtros removeu grande parte delas.

Segundo o autor da pesquisa, Joel Kaufman, as partículas ultrafinas de poluição podem estar especialmente atreladas com à pressão arterial. No entanto, ainda é necessário realizar mais investigações sobre o assunto.

A ideia de que a poluição do ar nas estradas em níveis relativamente baixos pode afetar tanto a pressão arterial é uma peça importante do quebra-cabeça que estamos tentando resolver.

Joel Kaufman para o New Atlas