Observadores de auroras no norte do globo estão preparados para um verdadeiro espetáculo de luzes que está para acontecer nas próximas horas. Uma corrente de vento solar está a caminho da Terra proveniente de um buraco coronal gigante, e tempestades geomagnéticas moderadas podem ocorrer quando esse material atingir o planeta.

Vamos entender:

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  • Um enorme buraco se abriu na atmosfera do Sol, liberando uma corrente de vento solar em direção à Terra;
  • O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, fotografou a fenda, que se estende por quase 800 mil km ao longo de seu longo eixo;
  • Trata-se de um buraco coronal – uma região da atmosfera solar onde os campos magnéticos se abriram, permitindo que o vento solar escape;
  • O buraco parece escuro porque o gás quente brilhante normalmente contido na subsuperfície está faltando;
  • O vento solar deve chegar nesta segunda-feira (4);
  • Embora seja um material leve, ao se juntar com um jato de plasma originário de uma erupção ocorrida no domingo (3), poderia provocar tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada) – em uma escala que vai de G1 a G5.
Buraco coronal fotografado por sonda da NASA no sábado (2). Crédito: SDO/AIA

Outras consequências além das auroras

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia Spaceweather.com, o fluxo estava previsto para chegar a partir desta manhã. Ainda segundo o site, a onda de partículas solares deve continuar até terça-feira (5), com tempestades um pouco mais calmas, no nível G1. 

Além da formação de auroras nas mais extremas latitudes da Terra (austrais, quando vistas no polo sul, e boreais, quando no polo norte), tempestades geomagnéticas de classes G1 e G2 podem provocar:

  • Sistema elétrico: tempestades de longa duração podem danificar transformadores;
  • Operação de satélites: podem ser requeridas ações corretivas da orientação pelos controles de solo, e possíveis mudanças no arrasto podem afetar a previsão das órbitas;
  • Outros sistemas: propagação em rádio HF pode enfraquecer em locais nas mais altas latitudes.