(Foto: Vitória Lopes Gomez via DALL-E)
A intensificação do compartilhamento de imagens violentas e traumáticas nas redes sociais e nas coberturas jornalísticas pode gerar impactos negativos no público, incluindo ansiedade e depressão. Isso é o que defende especialistas, já que a própria dinâmica online propicia a reprodução desses conteúdos sem regulação prévia, podendo gerar uma dessensibilização na audiência.
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A divulgação de imagens ligadas a conflitos, como a guerra na Ucrânia e o conflito entre Hamas e Israel, é exacerbada pelas redes sociais, já que todos os usuários podem compartilhar conteúdos por conta própria. Isso também amplifica o alcance dos conteúdos.
A própria dinâmica de funcionamento das redes sociais causa esse fenômeno e normaliza a violência online. Como resposta, as coberturas jornalísticas criam seus próprios padrões éticos para a exposição ou não de imagens perturbadoras e sensíveis.
No entanto, especialistas defendem que a falta de regulação no compartilhamento dessas mídias pode gerar impactos negativos ao receptor. Luciano Bregalanti Gomes, pesquisador do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), explicou ao Jornal da USP que a exposição pode gerar traumas para pessoas que não estão preparadas psicologicamente para recebê-las.
Segundo Gomes, para além da dessensibilização, quando um indivíduo normaliza aquilo que vê e pouco se impacta com a violência, a exposição a esse tipo de conteúdo pode gerar impactos como ansiedade, depressão, pesadelos, falta de concentração e insônia.
Outros efeitos passam pela ordem comportamental, como o aumento de demonstrações agressivas. O psicólogo ainda destaca que isso é ainda mais perigoso para crianças, já que elas estão em fase de desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de dezembro de 2023 16:41