Covid-19: vacina nasal brasileira é eficaz contra variantes

Segundo pesquisadores, a vacina nasal poderá ser usada por pessoas que receberam doses de outros imunizantes contra a Covid-19
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 07/12/2023 02h40
Vacina-Covid-Intrasanal.png
Imagem: Shutterstock/WESTOCK PRODUCTIONS
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Pesquisadores buscam desenvolver uma vacina nasal contra a Covid-19 há vários meses (para não dizer anos). E uma tecnologia brasileira está cada vez mais perto de ficar disponível para a população. O imunizante já teve sua eficiência comprovada contra a cepa original e as principais variantes do vírus.

Leia mais

Eficaz contra a Covid-19

Participam dos trabalhos de desenvolvimento da primeira vacina nasal contra a Covid-19 do Brasil o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da USP, o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

No IMT, foram desenvolvidos todos os experimentos virológicos, inclusive testes sorológicos para anticorpos neutralizantes. No ICB, foram realizados os testes sorológicos. Já na FCF foram realizados os experimentos em animais.

Além de evitar a questão do medo e desconforto causado pela agulha, o produto ainda realiza a imunização da mucosa. Quando o patógeno entra em contato com uma pessoa já vacinada, a mucosa neutraliza o vírus e impede que ele se propague. 

O imunizante nasal poderá ser usado em pessoas que receberam doses de outros imunizantes. Alguns estudos já mostraram que, no caso do coronavírus, a imunização heteróloga, em que indivíduos recebem vacinas diferentes, é mais eficiente que a homóloga, em que indivíduos recebem a mesma vacina.

Ilustração de vacinas spray
Vacina nasal contra a Covid-19 (Imagem: Shutterstock)

O que falta para liberação do uso?

  • Atualmente, a vacina nasal já foi testada em animais e se mostrou segura e não tóxica.
  • Entretanto, os ensaios clínicos ainda não foram realizados.
  • As fases de implementação do imunizante dependem de instituições interessadas na pesquisa. 
  • Por isso, ainda não há prazo para liberação do uso do produto.
  • As informações são do jornal da USP.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.