A quinta edição da pesquisa TIC Provedores, divulgada nesta quinta-feira (7), aponta que quatro em cada dez provedores de internet no Brasil contaram neste ano com um departamento ou uma equipe de funcionários atuando exclusivamente para proteger dados pessoais dos clientes. O resultado é superior a outros setores, uma vez que 23% das empresas como um todo do país dispõem de iniciativas semelhantes.

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Mais investimento em proteção de dados

  • A medida mais adotada pelos provedores de internet para seguir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi a realização de testes de segurança contra vazamento de dados (58%).
  • Na sequência, aparece o desenvolvimento de uma política de privacidade que deixe claro como irão usar os dados pessoais (57%).
  • Uma parcela de 30% das empresas optou por atribuir a um empregado a função de zelar pela proteção de dados pessoais, proporção que é somente de 17% entre o total das empresas brasileiras, segundo a TIC Empresas 2021.
  • As informações são da Agência Brasil.

Vazamentos preocupam empresas brasileiras

A pesquisa mostra ainda que 23% dos provedores disseram ter sofrido ataques de negação de serviços (DDoS) em 2022, mesmo patamar registrado no levantamento anterior, de 2020. Ao todo, 34% das empresas com mais de 6 mil clientes foram alvo desse tipo de ataque, contra 24% das que fornecem o serviço para menor número de clientes.

A nova edição do relatório também indica, entre 2020 e 2022, aumento na quantidade de médias empresas que oferecem o serviço de internet. O percentual passou de 13% para 17% no período. Já a participação das microempresas (com até nove pessoas ocupadas) diminuiu no setor, caindo de 56% para 46%.

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Levando-se em conta as empresas de todo tipo de porte, o setor era representado por 11.630 em 2022, número inferior ao de 2020, quando 12.826 estavam em atividade.

Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência de fusões e aquisições e maior interesse de fundos de investimento no setor, o que pode ser uma das explicações para o crescimento na participação das médias empresas. Isso demonstra que a consolidação é um movimento em curso no mercado brasileiro.

Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br)

Outro dado que consta do relatório diz respeito à presença da fibra óptica, que permanece como principal tecnologia de conexão à internet. Em 2022, foi disponibilizada por 95% dos provedores em atividade no território nacional.

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Em relação às condições das redes de transmissão, o estudo mostra redução na quantidade de empresas que ofereciam acesso apenas por meio de infraestrutura própria, de 2020 para 2022. O que se observou foi uma queda de 70% para 60%. Já a proporção de provedores que adotavam modelo misto, com acesso tanto por meio de infraestrutura própria quanto de terceiros, avançou de 25% para 37% no mesmo período.